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Brasil gera 81 milhões de toneladas de lixo em 2023 e enfrenta desafios na reciclagem

- Em 2023, o Brasil gerou 81 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, com apenas 58,5% destinados a aterros legalizados. - O Senado aprovou um projeto de lei que proíbe a importação de resíduos sólidos, aguardando sanção presidencial. - A taxa de reciclagem no Brasil é alarmantemente baixa, com apenas 8,3% dos resíduos recicláveis reaproveitados. - Existem cerca de três mil lixões no país, que deveriam ter sido erradicados até agosto de 2024, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos. - A Abrema destaca a importância de fortalecer a gestão municipal de resíduos e incentivar a coleta seletiva para melhorar a reciclagem.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela

Em média, cada brasileiro descarta um quilo de lixo por dia, totalizando 81 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) em 2023, segundo a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema). Esse volume seria suficiente para encher dois mil estádios do Maracanã. Do total gerado, apenas 75,6 milhões de toneladas foram coletadas, com […]

Em média, cada brasileiro descarta um quilo de lixo por dia, totalizando 81 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) em 2023, segundo a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema). Esse volume seria suficiente para encher dois mil estádios do Maracanã. Do total gerado, apenas 75,6 milhões de toneladas foram coletadas, com 69,3 milhões destinadas a aterros, resultando em 86% do lixo produzido. Contudo, apenas 58,5% desse montante foi para aterros sanitários legalizados, enquanto 41,5% foram descartados de forma irregular.

A geração de resíduos apresenta disparidades regionais significativas. O Sudeste é a região que mais produz lixo, com 452 kg por habitante ao ano, enquanto o Sul gera 284 kg. A coleta é mais eficiente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que superam a média nacional de 83%. Em contrapartida, Norte e Nordeste enfrentam problemas com o descarte a céu aberto. A cientista Karin Brüning destaca que a responsabilidade na destinação dos resíduos é crucial, já que o Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo.

Para melhorar a gestão dos resíduos, especialistas sugerem campanhas de conscientização e incentivo à coleta seletiva. O presidente da Abrema, Pedro Maranhão, enfatiza a importância de investir em aterros sanitários legalizados e na reciclagem, que atualmente é baixa, com apenas 8,3% dos RSU reciclados. Os resíduos orgânicos, que representam quase metade dos RSU, podem ser convertidos em biometano através de compostagem, mas menos de 0,2% são aproveitados dessa forma.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), criada em 2010, visa a erradicação de lixões e a promoção da responsabilidade compartilhada. Apesar dos avanços, muitos objetivos ainda não foram alcançados, como a erradicação de três mil lixões previstos para agosto de 2024. O Ministério do Meio Ambiente destaca a necessidade de fortalecer a gestão municipal e a implementação de taxas para custear os serviços de coleta e destinação. Recentemente, o Senado aprovou um projeto de lei que proíbe a importação de resíduos sólidos, uma medida que aguarda sanção presidencial.

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