As ações da Shopify caíram mais de 5% após a empresa divulgar resultados mistos no primeiro trimestre e previsões de crescimento abaixo do esperado. Para o segundo trimestre, a Shopify espera um crescimento no lucro bruto de cerca de 17%, enquanto os analistas previam 20%. A receita deve crescer em torno de 25%, abaixo da expectativa de 22%. A Shopify oferece software e serviços para pequenos e médios negócios, que estão sendo impactados pelas tarifas de 145% sobre importações chinesas. O presidente da Shopify, Harley Finkelstein, afirmou que a recente mudança nas regras de isenção de tarifas não deve afetar a empresa de forma significativa, já que apenas 1% do volume de vendas está relacionado a produtos importados da China. Ele também mencionou que seus clientes têm rendimentos mais altos, o que pode ajudar a minimizar o impacto das mudanças de preços. Enquanto isso, a Shein e a Temu enfrentaram quedas nas vendas de 23% e 17%, respectivamente, após aumentos de preços para cobrir os custos das tarifas. A Shein viu o preço médio de seus produtos de beleza dobrar, enquanto a Temu planeja mudar seu modelo de negócios para vender produtos de comerciantes locais nos EUA, evitando assim as tarifas de importação.
Shopify e outras empresas de e-commerce enfrentam dificuldades devido às altas tarifas sobre importações chinesas, que impactam suas operações. No primeiro trimestre, a Shopify reportou resultados mistos, com queda de mais de 5% nas ações após previsões de crescimento abaixo do esperado. A empresa espera um crescimento de lucro bruto na faixa de dígitos altos, enquanto analistas previam 20,1%.
A receita deve crescer em torno de 25% em relação ao ano anterior, abaixo da expectativa de 22% do mercado. O presidente da Shopify, Harley Finkelstein, afirmou que a recente eliminação da isenção de tarifas para importações abaixo de $800 não terá um impacto significativo a curto prazo. Apenas 1% do volume bruto de mercadorias da empresa está relacionado a essas importações.
Impacto das Tarifas
As tarifas de 145% sobre produtos chineses, implementadas pelo governo dos EUA, têm afetado diretamente o e-commerce. A Shein e a Temu, por exemplo, registraram quedas nas vendas de 23% e 17%, respectivamente, após aumentos de preços. Esses dados indicam uma reação inicial dos consumidores às novas tarifas.
A Shein viu o preço médio de seus produtos de beleza e saúde dobrar desde meados de abril, enquanto a Temu repassou quase todos os novos impostos aos consumidores. A confiança do consumidor americano caiu para o nível mais baixo em quase cinco anos, refletindo a pressão da inflação.
Mudanças no Modelo de Negócio
Diante da situação, a Temu planeja mudar seu modelo de negócios, focando em produtos de comerciantes locais nos EUA, para evitar tarifas de importação. A Shopify, por sua vez, introduziu uma ferramenta de “comprar local” para ajudar os consumidores a encontrar produtos vendidos por comerciantes em seu país.
O cenário atual do e-commerce é desafiador, com empresas como Amazon e Etsy também se adaptando às novas políticas tarifárias. A incerteza sobre o futuro das tarifas continua a afetar as previsões financeiras do setor.
