Setor têxtil busca apoio nos EUA para enfrentar tarifa de 50% nas exportações
CNI busca negociar redução de tarifas de exportação e evitar a perda de até 15 mil empregos no setor têxtil brasileiro

Marcas de moda brasileira em feiras internacionais — Foto: Apex
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O setor têxtil brasileiro enfrenta um momento crítico, com 85% das expectativas de exportação comprometidas devido a tarifas elevadas de 50% impostas pelos Estados Unidos. Para enfrentar essa situação, uma delegação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) viajará ao país norte-americano em setembro, buscando negociar a redução dessas tarifas e fortalecer laços comerciais.
A missão inclui reuniões entre empresas e entidades de classe brasileiras e americanas. Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), destaca a importância de demonstrar o peso do setor e o interesse em estabelecer relações mais sólidas. Para isso, a CNI planeja contratar um escritório de lobby, uma prática legal nos EUA, para persuadir o governo americano a reconsiderar as taxas.
Com a implementação da tarifa, muitos exportadores se apressaram para enviar seus produtos antes do prazo. No entanto, nem todos conseguiram, resultando em perdas significativas. O mercado americano é crucial para o Brasil, representando um destino importante para produtos de moda, como moda praia e vestuário feminino. Em 2022, os EUA importaram US$ 114 bilhões do setor de confecção, com a China liderando as exportações.
Impactos Econômicos
As consequências da tarifa são alarmantes. Pimentel alerta que a perda de 85% das exportações pode resultar na eliminação de cinco mil postos de trabalho formais, com o total de empregos afetados podendo chegar a 15 mil. O governo brasileiro já iniciou discussões sobre medidas compensatórias, que podem incluir alongamento de prazos e flexibilização de jornadas de trabalho.
Essas ações visam mitigar os impactos negativos nas empresas mais vulneráveis. O cenário atual exige uma resposta rápida e eficaz para preservar a competitividade do setor têxtil brasileiro no mercado internacional.
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