Grandes companhias aéreas ocupam espaços deixados pela Voepass em aeroportos
Após o acidente fatal, a Anac redistribui slots da Voepass, enquanto Latam e Gol expandem rotas em aeroportos afetados pela tragédia

Avião da Voepass no aeroporto de Cascavel; empresa teve atividades cassadas após acidente que matou 62 pessoas em 2024 em Vinhedo (SP) (Foto: Zanone Fraissat - 16.ago.24/Folhapress)
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A Voepass, que operava voos regionais no Brasil, teve seu Certificado de Operador Aéreo cassado pela Anac após um acidente fatal em 9 de agosto de 2024, que resultou na morte de 62 pessoas. O desastre, ocorrido em Vinhedo (SP), foi o mais letal do Brasil desde 2007.
Desde a suspensão das operações, grandes companhias aéreas como Latam e Gol assumiram as rotas da Voepass. O aeroporto de Cascavel (PR), de onde partiu o voo fatídico, agora conta com três voos diários para Guarulhos, sendo dois operados pela Gol e um pela Latam. A Transitar, que gerencia o aeroporto, anunciou que um quarto voo deve iniciar em 31 de agosto.
Em Ribeirão Preto (SP), base da Voepass, a Latam e a Gol rapidamente tomaram conta dos três voos diários para Congonhas. A concessionária Rede Voa informou que o número de passageiros se manteve estável após a saída da Voepass. Em Navegantes (SC) e Foz do Iguaçu (PR), a Azul absorveu as rotas anteriormente operadas pela Voepass.
Redistribuição de Slots
A Anac retirou os 20 slots da Voepass em Congonhas, redistribuindo-os entre as companhias aéreas. A Azul ficou com oito slots, enquanto Gol e Latam receberam seis cada. Essa redistribuição não garante que as novas operadoras manterão os mesmos destinos que a Voepass oferecia.
A Latam planeja expandir suas operações, incluindo uma nova rota entre Congonhas e São Luís. A Gol, por sua vez, pretende conectar Congonhas a Maceió, Recife, Pelotas (RS) e Galeão no Rio de Janeiro. A Azul ainda não se manifestou sobre seus planos para os novos slots.
A cassação do Certificado de Operador Aéreo da Voepass e a subsequente redistribuição de rotas e slots refletem a dinâmica do setor aéreo brasileiro, que continua a se adaptar após o trágico acidente.
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