Strategy celebra 5 anos da primeira compra de bitcoin com valorização de 3.000%
MicroStrategy, com sua reserva de 628 mil bitcoins, lidera a adoção institucional, enquanto outras empresas, como a Méliuz, seguem seu exemplo

Bitcoin: Strategy começou a comprar ativo em 2020 (Foto: Joe Raedle/Getty Images)
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Em 2020, a MicroStrategy deu um passo audacioso ao adquirir 21 mil bitcoins por US$ 250 milhões, iniciando uma estratégia de investimento em criptomoedas. Desde então, a empresa viu sua valorização disparar quase 3.000%, com o bitcoin passando de menos de US$ 30 mil para mais de US$ 118 mil em 2025. Essa decisão, inicialmente considerada ousada, consolidou a MicroStrategy como a maior detentora institucional de bitcoin, com um total de 628 mil unidades.
A estratégia de Michael Saylor, ex-CEO e atual presidente do conselho, foi baseada na crença de que o bitcoin se tornaria um ativo de reserva de valor, rivalizando com o ouro. A empresa investiu mais de US$ 45 bilhões em bitcoin, que agora é avaliado em US$ 76 bilhões, gerando um lucro potencial de mais de US$ 30 bilhões. Apesar do crescimento, a MicroStrategy não planeja vender seus ativos no curto prazo.
Efeito Contágio
O sucesso da MicroStrategy inspirou outras empresas a seguir o mesmo caminho. Em 2025, a Méliuz se destacou como a primeira empresa listada na B3 a criar uma reserva de bitcoin, com suas ações subindo mais de 100% desde então. Essa tendência reflete um crescente interesse institucional pelo ativo, que agora é visto como uma forma segura de exposição ao bitcoin.
Analistas alertam, no entanto, sobre os riscos dessa estratégia. A forma como a MicroStrategy e outras empresas levantam capital para comprar bitcoin pode ser considerada um "bug de dinheiro infinito", suscetível a quedas abruptas no valor da criptomoeda. Apesar disso, a MicroStrategy continua a realizar compras semanais do ativo, enquanto Saylor mantém seu otimismo, prevendo que o bitcoin pode alcançar US$ 200 trilhões até 2045.
Eficiência de Capital
André Portilho, do BTG Pactual, destaca que o engajamento de Saylor em educar o mercado sobre bitcoin foi crucial para aumentar o interesse de outras empresas. João Galhardo, analista da Mynt, ressalta que a MicroStrategy reporta um "bitcoin yield" de 25% ao ano, superando o retorno médio de dividendos e recompras do S&P 500, que está em 3,3%. Essa eficiência de capital pode servir de modelo para investidores que buscam replicar o sucesso da MicroStrategy por meio de entradas graduais e uma visão de longo prazo.
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