Irmãos Batista buscam parceria com magnata do setor portuário
Divergências marcam negociações entre MSC e J&F para leilão do Tecon 10, o maior terminal de contêineres da América Latina

Irmãos Wesley e Joesley Batista, da J&F (Foto: Iara Morselli e Marina Malheiros/Divulgação CNN Brasil)
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A gigante suíça dos portos MSC está em negociações com os irmãos Batista, da J&F, para uma possível parceria no leilão do Tecon 10, o maior terminal de contêineres da América Latina, localizado no porto de Santos. As conversas sobre essa aliança começaram em 2009, mas recentemente surgiram divergências sobre quem iniciou as tratativas.
Os Batistas propuseram um modelo de 50% das ações para cada parte, enquanto a MSC afirma que a proposta inicial partiu dos empresários brasileiros. Representantes da MSC, incluindo Diego Aponte, filho do fundador Gianluigi Aponte, negaram que a empresa entraria em um negócio sem ter o controle total. Os Batistas, por sua vez, alegam que foram sondados primeiro, o que levou à proposta de divisão igualitária.
Histórico das Negociações
As discussões sobre a parceria foram intensificadas em janeiro deste ano, durante uma videoconferência em Davos, na Suíça. Na ocasião, os irmãos Batista teriam sugerido assumir 51% das ações, mas a MSC rejeitou essa proposta. Com a expectativa de que o leilão do Tecon 10 fosse realizado, os Batistas revisaram sua oferta para um modelo de 50%, mas novamente não obtiveram sucesso nas negociações.
A MSC, que possui uma fortuna estimada em US$ 33 bilhões, é uma das principais operadoras de portos do mundo. A empresa enfrenta restrições, pois, segundo as regras do edital do leilão, grupos que já operam no porto, como a MSC e a Maersk, não podem participar. A Maersk, inclusive, questionou judicialmente as diretrizes da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).
Cenário Atual
Atualmente, as condições do leilão do Tecon 10 estão sendo analisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Enquanto isso, a J&F já opera o único terminal em atividade no porto de Itajaí, em Santa Catarina, desde outubro de 2024, movimentando cerca de 100 mil toneladas por semestre. A situação permanece tensa, com as partes envolvidas buscando uma solução que possa viabilizar a participação no leilão.
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