16 de ago 2025
Imóvel de 1930 na Lagoa é demolido para construção de novo prédio residencial
Justiça destombou casa histórica e autorizou construção de residencial de luxo; projeto promete referências culturais na região da Lagoa

Fim da proteção. A casa na Avenida Epitácio Pessoa: construção da década de 1930 tinha sido tombada em 2002 (Foto: Marco Antonio Teixeira / 22-6-2010)
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Uma casa histórica na esquina da Avenida Epitácio Pessoa com a Rua Joana Angélica, tombada em 2002, foi destombada pela Justiça após 18 anos de disputas judiciais. O imóvel, construído nos anos 1930, dará lugar ao L’Unique, um residencial de luxo com 12 apartamentos.
A disputa começou em 2007, quando os herdeiros do empresário Ricardo Haddad contestaram o tombamento realizado pela prefeitura do Rio. O arquiteto Paulo Guimarães, representante da família, argumentou que a casa não possui características que justifiquem sua preservação, comparando-a a obras de renomados arquitetos como Oscar Niemeyer.
Em março deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu a favor da família, permitindo que o processo retornasse à Justiça do Rio. Com isso, os advogados da família solicitaram a retirada do imóvel da lista de bens tombados. A presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), Laura de Biasi, destacou que a avaliação deve considerar o contexto histórico da área.
Novo Residencial
O L’Unique será construído em dois terrenos, incluindo o da casa destombada e um espaço onde funcionou o Chico’s Bar, que não era protegido. O projeto incluirá referências à história local, como um painel sobre a Fábrica de Tecidos Bangu. Os apartamentos terão 340 metros quadrados e a cobertura, 600 metros quadrados.
Os preços dos imóveis ainda não foram divulgados, mas unidades em áreas semelhantes têm sido oferecidas por até R$ 60 mil o metro quadrado. O projeto se beneficiará de um bônus imobiliário do programa Reviver Centro, permitindo construções mais flexíveis na Lagoa.
O empresário Cláudio Castro, da Sérgio de Castro Imóveis, comentou sobre a lentidão da Justiça, afirmando que a espera de 25 anos por um desfecho prejudica o desenvolvimento urbano. Atualmente, restam cerca de 15 casas na região da Lagoa, em contraste com as cerca de cem que existiam anteriormente.
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