- O Brasil caiu para a 52ª posição no Índice Global de Inovação (IGI) 2025, conforme dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
- O ranking avaliou 139 países com base em 80 indicadores, incluindo educação, pesquisa, infraestrutura e criatividade.
- Apesar da queda, o Brasil é a segunda economia mais inovadora da América Latina, atrás do Chile.
- O país obteve melhor desempenho em resultados (50ª posição) do que em insumos (63ª posição), indicando a necessidade de melhorias em educação e infraestrutura.
- O setor industrial é o maior investidor em pesquisa e desenvolvimento, com destaque para empresas como Petrobras, Vale, Embraer e TOTVS.
O Brasil caiu para 52ª posição no Índice Global de Inovação (IGI) 2025, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O ranking avaliou 139 países com base em 80 indicadores que incluem educação, pesquisa, infraestrutura e criatividade. Apesar da queda, o Brasil continua sendo a segunda economia mais inovadora da América Latina, atrás apenas do Chile.
O desempenho do país em outputs (resultados) foi superior ao de inputs (insumos), com o Brasil ocupando a 50ª posição em resultados e a 63ª em insumos. Jefferson Gomes, diretor de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação da CNI, destacou que isso demonstra a capacidade do Brasil de transformar investimentos em inovação em resultados concretos, mas também revela a necessidade de melhorias em educação e infraestrutura.
Historicamente, o melhor desempenho do Brasil no IGI foi em 2011, quando ocupou a 47ª posição. Atualmente, o país mantém a quinta posição entre 36 economias de renda média-alta, superado apenas por China, Malásia, Turquia e Tailândia. O setor industrial é o maior investidor em pesquisa e desenvolvimento (P&D), com empresas como Petrobras, Vale, Embraer e TOTVS figurando entre as 2 mil que mais investem globalmente.
Desafios e Oportunidades
A OMPI observou que os dados sobre investimentos em P&D ainda apresentam defasagens, com informações de 2020 e 2021. As universidades brasileiras, como USP, Unicamp e UFRJ, também se destacam, assim como startups inovadoras como Quinto Andar, C6 Bank e Nuvemshop. O IGI classifica os indicadores em sete categorias, sendo cinco de insumos e duas de resultados.
O top 10 do IGI 2025 permanece quase inalterado, com Suíça, Suécia e Estados Unidos liderando. A China entrou no grupo pela primeira vez, ocupando a 10ª posição. Apesar de investimentos positivos em inovação em 2024, a OMPI alerta que o crescimento permanece em níveis historicamente baixos, refletindo uma recuperação frágil após a recessão de 2023.