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BTG investe em ações da Cosan a preços de governo Dilma e gera apreensão entre acionistas

A operação com o BTG Pactual e o Fundo Perfin pode reduzir a dívida líquida da Cosan para R$ 7,5 bilhões, mas dilui a participação dos acionistas minoritários em até 50%

Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Logo da Cosan em um totem (Foto: Reprodução)
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  • A Cosan anunciou um acordo com a holding do BTG Pactual e o Fundo Perfin para uma operação de R$ 10 bilhões.
  • A transação visa reestruturar uma dívida total de R$ 21,5 bilhões e diluir a participação dos acionistas minoritários em até 50%.
  • As novas ações serão oferecidas a R$ 5, um valor 33% inferior ao fechamento anterior de R$ 6,75.
  • As ações da Cosan caíram 20% após o anúncio, atingindo o menor patamar desde fevereiro de 2016.
  • A empresa convocará uma assembleia geral para aprovar o aumento de capital e dispensar o BTG e o Perfin da “poison pill”.

A Cosan anunciou um acordo com a holding do BTG Pactual e o Fundo Perfin para uma operação de R$ 10 bilhões, visando reestruturar sua dívida total de R$ 21,5 bilhões. A transação, que diluirá a participação dos acionistas minoritários em até 50%, oferece ações a R$ 5, um valor 33% inferior ao fechamento anterior de R$ 6,75.

Os papéis da Cosan caíram 20% nesta segunda-feira, refletindo a insatisfação dos investidores com o preço das novas ações. Desde fevereiro de 2016, as ações não eram negociadas a esse patamar. Especialistas apontam que, apesar da diluição, a operação é um passo necessário para a saúde financeira da empresa. O CEO Marcelo Martins defendeu a decisão, afirmando que a venda de ativos não era viável nas atuais condições de mercado.

Análise do Mercado

Analistas do UBS BB consideram que a injeção de capital é crucial para a Cosan, permitindo a redução da dívida líquida financeira para R$ 7,5 bilhões. A operação também traz novos acionistas com expertise nos setores relevantes, o que pode contribuir para uma gestão mais eficiente. Contudo, a proposta limita a participação de outros investidores a 27,5% da oferta.

A economista Louise Barsi criticou a operação, classificando-a como prejudicial para os acionistas minoritários. A Cosan convocará uma assembleia geral para aprovar o aumento de capital e dispensar o BTG e o Perfin da “poison pill”, estratégia que visa evitar aquisições hostis.

Expectativas Futuras

A expectativa é que a nova parceria não apenas traga capital, mas também expertise para a gestão da empresa, em um momento em que a Cosan enfrenta desafios significativos devido à sua elevada dívida e aos altos juros. A operação é vista como uma oportunidade de reestruturação, essencial para a recuperação e crescimento da companhia no longo prazo.

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