- Em dezessete de novembro, Daniel Vorcaro foi preso ao tentar embarcar em um jato particular de São Paulo para Dubai.
- A investigação aponta fraude multibilionária envolvendo o Banco Master, com a liquidação sob supervisão do Banco Central.
- Recursos seriam usados para financiar um estilo de vida opulento, incluindo festas em iates e investimentos globais.
- Vorcaro negou irregularidades e afirmou cooperação; seus advogados disseram que não houve fraude nas operações investigadas.
- O caso levanta questionamentos sobre o modelo de negócios do Banco Master, expandido rapidamente apesar de alertas regulatórios e de ativos considerados opacos.
O empresário Daniel Vorcaro foi preso no dia 17 de novembro ao tentar embarcar em um jato particular de São Paulo com destino a Dubai. A prisão ocorre no contexto de investigação sobre uma fraude multibilionária envolvendo o Banco Master, instituição ligada ao empresário. A liquidação da carteira do banco está supervisionada pelo Banco Central.
Segundo apurações, o Banco Master está no centro de uma fraude de grandes proporções, cujos recursos teriam sido usados para financiar um estilo de vida de alto padrão. A operação envolve possíveis vínculos com grupos criminosos e atividades de investidores institucionais, ainda em apuração pelas autoridades.
O Bacen supervisiona a liquidação da instituição, enquanto a Polícia Federal e o Ministério Público investigam a suposta rede de irregularidades. Vorcaro nega irregularidades, afirma cooperação e sustenta que não houve fraude nas operações sob investigação, segundo seus advogados.
Dados do mercado indicam que o Banco Master cresceu rapidamente entre 2019 e 2024, em uma trajetória que chamou a atenção de reguladores. Em diferentes momentos, executivos de grandes bancos e especialistas destacaram preocupações com o modelo de negócios da instituição.
Entre as evidências discutidas pelas autoridades estão operações com ativos de avaliação opaca, empréstimos pouco expressivos frente ao total de ativos e investimentos em participações em empresas menores. A Bloomberg News aponta que o banco teve ativos que ultrapassaram os 80 bilhões de reais.
Vorcaro também ficou conhecido pelo estilo de vida associado à gestão da instituição, com festas de gala e investimentos em ativos de prestígio. A agenda pública incluía compromissos com empresários de grande peso, além de despesas altas ligadas a propriedades no exterior e a projetos imobiliários.
A investigação continua em estágio inicial, com a prisão de Vorcaro e a condução da liquidação do banco em andamento. As autoridades não divulgaram novos detalhes sobre a thread de operações, buscando esclarecer o papel de terceiros e a origem dos recursos. Bloomberg acompanhou o desenrolar do caso.