- Desde agosto, participação de postos sem marca na venda de gasolina caiu 1,7 ponto percentual, para 37,31%.
- Vibra ganhou 1,3 ponto percentual e Ultrapar (Ipiranga) 1,5 p.p. na participação de mercado; Raízen subiu 0,8 p.p.
- Ações de Vibra e Ultrapar subiram cerca de 18% e 22%, respectivamente, ante alta do Ibovespa de pouco mais de 16%; Raízen caiu cerca de 20% no período.
- A Polícia Federal expandiu operações contra crime organizado e fraudes tributárias no setor; projeto de lei sobre devedores contumazes ganha força no Congresso.
- A Refit negou sonegação; débitos da Fazenda de São Paulo são contestados judicialmente; no Rio de Janeiro, participação de postos sem marca caiu 5 p.p.
Em meio a uma série de operações da Polícia Federal contra o crime organizado e fraudes tributárias ligados ao combustível, a participação de postos sem marca na venda de gasolina caiu 1,7 ponto percentual, para 37,31%, desde agosto. Os produtores que atuam com bandeira branca seguem como alternativa competitiva em relação às redes tradicionais, conforme dados da ANP.
A Vibra e a Ultrapar, dona dos postos Ipiranga, destacaram-se entre os players com ganhos de participação. A Vibra avançou 1,3 ponto porcentual e a Ultrapar, 1,5 ponto, em relação ao período anterior. A Raízen também registrou pequena elevação, de 0,8pp.
Investimentos e mercado
As ações da Vibra (VBBR3) tiveram alta de cerca de 18% desde a primeira operação, enquanto as da Ultrapar (UGPA3) subiram aproximadamente 22%, frente ao Ibovespa, que avançou pouco mais de 16%. No acumulado do ano, a Vibra sobe cerca de 50% e a Ultrapar, 42%, diante de cerca de 34% do Ibovespa.
Desempenho da Raízen e impactos regulatórios
A Raízen (RAIZ4) viu participação de mercado subir 0,8pp, com aumento na venda de gasolina, mas suas ações recuaram cerca de 20% no período por questões de dívida e alta alavancagem. Na última quinta-feira, entretanto, papéis da empresa subiram mais de 2% ante a notícia de operação sobre fraude, apesar de o rating ter sido rebaixado a grau especulativo pela Moody’s no mesmo dia. A Raízen não comentou o assunto. Analistas do Bradesco BBI destacaram que a eliminação de concorrentes que operavam fora das normas pode favorecer empresas estabelecidas, com melhoria de margens, desde que haja consolidação regulatória.