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BC apresenta justificativas para Selic em 15% e divulga ata

Copom decide manter a Selic em 15% ao ano, citando inflação acima da meta, incerteza externa e tensão geopolítica, com perspectiva de sustentar a taxa por período prolongado

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Gabriel Galípolo, o presidente do Banco Central. Foto: Alexandre Boiczar / Banco Central
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  • Copom manteve a Selic em 15% ao ano na reunião da semana passada; ata foi divulgada nesta terça-feira, 16.
  • Entre os fatores, o documento cita incerteza do ambiente externo, sobretudo por causa da política econômica dos Estados Unidos e de tensões geopolíticas; a inflação segue acima da meta.
  • Também são citadas a trajetória de moderação no crescimento da atividade econômica brasileira e a resiliência do mercado de trabalho como razões da decisão.
  • O Copom afirma que é necessária a manutenção da Selic por um período bastante prolongado, sem previsão de queda para as próximas reuniões, e que poderá retomar o ciclo de alta se julgar apropriado.
  • A Selic de 15% ao ano é a segunda maior taxa real do mundo, com a taxa real brasileira em 9,44%, atrás apenas da Turquia (10,33%).

O Banco Central divulgou nesta terça-feira (16) a íntegra da ata da reunião que decidiu, na semana anterior, manter a Selic em 15% ao ano. O documento reúne as análises do Copom sobre cenários políticos e econômicos e as justificativas para a decisão.

De acordo com o texto da ata, a incerteza do ambiente externo, especialmente em relação à política econômica dos Estados Unidos, ajuda a explicar a manutenção do juro. Mesmo com algum alívio recente, o Copom afirma que o cenário exige cautela para economias emergentes.

A ata destaca ainda a inflação como fator relevante para sustentar a taxa elevada. Embora haja arrefecimento das medidas e de parte da inflação, o indicador continua acima da meta, segundo o comitê. A continuidade do movimento de moderação do crescimento também aparece.

O Copom aponta a resiliência do mercado de trabalho e a trajetória de redução do ritmo de crescimento da atividade econômica como elementos que justificam a decisão. O comitê afirma manter o juro alto por um período prolongado, para convergir a inflação à meta.

Nessa linha, o órgão diz que não há previsão de redução nas próximas reuniões. A estratégia é manter o nível atual por tempo adequado e, se necessário, retomar o ciclo de alta. O Copom reforça vigilância frente a riscos externos.

A reunião do Copom foi a última de 2025. O comitê volta a se reunir nos dias 27 e 28 de janeiro de 2026, no primeiro encontro do ano. A ata completa já está disponível para consulta pública.

Desempenho comparado e ranking de juros reais

A Selic de 15% ao ano é a maior desde julho de 2006, segundo monitoramento de consultorias. Em termos de juros reais, o Brasil ocupa a segunda posição entre os maiores do mundo, com 9,44%.

A Turquia lidera o ranking, com 10,33%. Em seguida aparecem Rússia, Argentina, México, Indonésia, Hungria, África do Sul, Israel e Filipinas, completando as dez primeiras posições de juros reais.

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