- O enoturismo na Serra da Mantiqueira ampliou o fluxo de visitantes: desde a criação das Rotas do Vinho, 82% das vinícolas registraram aumento de público, com média de 27% de crescimento e gasto médio de R$ 204 por visitante, com perspectiva de crescimento até o fim do ano.
- O polo integra vinícolas, olivais e circuitos gastronômicos, fortalecendo a relação entre produção agrícola, visitação e experiência gastronômica.
- A Vinícola Essenza, em Santo Antônio do Pinhal, integra as Rotas do Vinho com visitas técnicas, degustações e loja de produtos; a empresa também tem unidade em Maria da Fé (Minas Gerais), com o olival mais alto do mundo e vinhedo mais alto do Brasil, a 1.910 metros de altitude.
- A altitude condiciona o manejo agrícola e o desenvolvimento de rótulos; em 2025, quatro vinhos da Essenza receberam medalha de Bronze no Decanter World Wine Awards.
- Experiências gastronômicas, como a Estação Franco Mantikir, são oferecidas durante visitas, incluindo um menu enogastronômico com quatro etapas harmonizado com vinhos locais e tour pelo espaço.
O enoturismo amplia o fluxo de visitantes e a atividade econômica na Serra da Mantiqueira, onde agricultura de altitude, gastronomia e turismo de experiência se conectam. Levantamento da Secretaria de Turismo e Viagens de SP e do Centro de Inteligência da Economia do Turismo aponta que, desde a criação das Rotas do Vinho, 82% das vinícolas tiveram aumento de público, com média de 27% a mais de visitantes. O gasto médio por turista atingiu R$ 204, com expectativa de crescimento até o fim do ano.
Nesse cenário, a Serra da Mantiqueira se firmou como polo do enoturismo ao integrar vinícolas, olivais e circuitos gastronômicos ao território de montanha, ampliando o interesse por experiências ligadas à origem e ao processo produtivo. A região ganhou destaque ao favorecer iniciativas que conectam produção e hospitalidade, como a Vinícola Essenza, em Santo Antônio do Pinhal.
Essenza: produção integrada à visitação
Instalada a 14 quilômetros do centro de Santo Antônio do Pinhal, a Essenza oferece visitas técnicas, degustações e loja de produtos regionais. O trajeto apresentado ao público conecta cultivo e consumo, evidenciando a relação entre produto e território, segundo o fundador Herbert Sales. A vinícola mantém duas propriedades: uma em Santo Antônio do Pinhal, para recepção, e outra em Maria da Fé (MG), onde ficam o olival mais alto do Brasil e o vinhedo mais alto da região, a 1.910 metros.
Altitude como guia técnico
A altitude orienta o manejo agrícola da Essenza, com prática técnica que observa solo, clima e variedades para equilibrar os produtos. Em 2025, quatro rótulos da vinícola receberam medalha de Bronze no Decanter World Wine Awards: Espumante Rosé Extra Brut, Mantikir Merlot 2024, Mantikir Pinot Noir 2024 e Mantikir Alvarinho 2024. A empresa também produz azeites a partir das variedades Koroneiki, Grappolo, Arbequina e Coratina.
Conexão entre produção e território
A atuação em dois territórios reforça a integração regional da Mantiqueira no enoturismo. “Maria da Fé concentra a produção e Santo Antônio do Pinhal acolhe o visitante”, resume Herbert. Experiências gastronômicas complementares ampliam o formato do turismo de vinho, incluindo o novo menu enogastronômico Estação Franco Mantikir, lançado em dezembro, com quatro etapas harmonizadas a vinhos da casa.
Estímulo econômico e identidade regional
Ao conectar visitação, produção e gastronomia, o enoturismo na Serra da Mantiqueira fortalece produtores locais e reposiciona o território como destino associado à agricultura de altitude e à experiência regional. O movimento contribui para a circulação econômica e para a difusão de métodos de produção, com foco na origem.
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