- A House of Lords alerta que o envelhecimento da população do Reino Unido afetará mais os jovens, e medidas como elevar a idade de aposentadoria ou aumentar a imigração não dariam conta sozinhas.
- O relatório Preparando-se para uma sociedade que envelhece aponta que a inação na assistência social para adultos é um escândalo.
- Discriminação por idade no mercado de trabalho não é o principal fator; o estudo aponta que pode haver autocensura entre trabalhadores mais velhos.
- A maior melhoria fiscal viria de manter pessoas na faixa dos cinquenta e poucos aos sessenta e poucos anos no mercado de trabalho ou retornando a ele.
- O relatório ressalta que manter idosos em atividade está ligado à reforma do cuidado, pois a demanda por cuidadores aumenta e a oferta de cuidado informal diminui. O governo afirma estar adotando ações, com mais de 4 bilhões de libras em recursos adicionais para o cuidado até 2028-29 e reformas como o serviço nacional de cuidado e Get Britain Working.
O relatório Preparing for an Ageing Society, divulgado pelo comitê de assuntos econômicos da House of Lords, aponta que as políticas atuais não serão suficientes para mitigar o peso fiscal e o impacto sobre o padrão de vida causado pelo envelhecimento da população no Reino Unido. A pesquisa afirma que os jovens serão os mais afetados pela falta de ação diante desse cenário.
Segundo o documento, a inação de governos consecutivos em relação aos cuidados de longo prazo é um “escândalo” que precisa ser enfrentado com urgência. A análise também discorda da ideia de que discriminção etária no local de trabalho seja a principal força motriz das dificuldades de trabalhadores mais velhos.
Conclusões-chave e recomendações
O relatório afirma que aumentar a idade de aposentadoria, ampliar a imigração ou estimular a fertilidade não bastariam para reduzir o desequilíbrio entre expectativa de vida e base contributiva. A principal melhoria viria de manter pessoas em idade entre 50 e 60 anos ativas ou a retornar ao mercado de trabalho.
O documento também observa que a discriminação por idade no emprego não é o fator dominante na saída de trabalhadores. Em vez disso, o foco está em reformas que incentivem a participação contínua no mercado de trabalho e na revisão de pressupostos sobre trabalhadores mais velhos.
A relação entre empregos e o sistema de cuidados é destacada: manter pessoas mais velhas no trabalho depende de um sistema de cuidados robusto. Com menos crianças, a oferta de cuidados informais diminui, pressionando ainda mais o setor formal.
Wood, presidente do comitê, afirmou que o envelhecimento é um desafio previsível e de longo prazo, que afeta toda a sociedade. O relatório recomenda que o governo trate a questão como prioridade estrutural, não como tema isolado.
O texto aponta que a crise de cuidados de longo prazo é central para qualquer estratégia de emprego entre trabalhadores de meia-idade. A falta de soluções efetivas para os cuidados é apresentada como uma responsabilidade governamental a ser enfrentada com rapidez.
Em resposta, um porta-voz do governo disse reconhecer os desafios do envelhecimento e citar ações em curso para melhorar a expectativa de vida saudável e reformar os cuidados adultos. A mensagem também menciona um caminho para um serviço nacional de cuidados com maior qualidade e integração, com financiamento adicional de mais de 4 bilhões de libras até 2028-29 em comparação a 2025-26, além de reformas para ampliar o emprego por meio de centros de atendimento ao trabalhador.
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