- O mercado de arte encerrou 2025 com sentimento relativamente positivo, mas espera-se recuo na retomada em 2026, com foco em obras menores e a queda de apostas em itens de alto valor.
- A Venice Biennale de 2026 terá o tema In Minor Keys, sinalizando priorização de peças menores, menos protagonismo de grandes obras e reduções geográficas entre galerias.
- Frieze deve expandir sob nova gestão, possivelmente para a Índia, enquanto Art Basel tende a manter posição de consolidação; o número de feiras deve cair e a lista de expositores reduzir.
- Londres pode recuperar influência, com maior fluxo de riqueza estrangeira e investimentos em galerias locais, apesar da competição com outras cidades.
- A arte impulsionada por inteligência artificial se consolida como segmento de mercado, mas não deve levar a uma revisão substantiva de avaliações; haverá ganhos de eficiência em valuation e pesquisa, com riscos de desinformação.
O mercado de arte encerrou 2025 em tonalidade relativamente positiva, com impulso no outono e leilões de Nova York em novembro. A tendência aponta para obras menores e mais acessíveis, em um cenário de incerteza macroeconômica e receio com o mercado de IA.
Pesquisas indicam que o dinamismo em 2026 deve seguir com cautela. A demanda pode permanecer moderada, priorizando peças menores e com boa relação custo-benefício. O movimento pode sustentar um patamar estável, sem retomada robusta.
Em Venice, o tema de 2026, In Minor Keys, aponta uma virada para o não heroico. O mercado deve manter foco em sustentabilidade, com cortes de espaço para galerias não protagonistas e contenção de expansão.
Menor é mais
A Bienal de Veneza, sob influência de Koyo Kouoh, sinaliza retração de heroísmo na curadoria. Demais galerias devem reduzir operações em 2025 e repensar geografia, com exemplos como fechamento de espaços em Los Angeles, Nova York e Londres. Obras menores ganham espaço.
Frieze tende a expansão sob nova gestão, com possibilidade de compra de evento existente. Há aposta de expansão para a Índia, enquanto Art Basel tende a consolidar atividades, com atenção a investimentos vindos do Katar e de outras regiões. O número de feiras pode diminuir.
Londres já mostra fôlego renovado
Londres recupera protagonismo, ainda que parte da riqueza tenha migrado para regimes fiscais mais favoráveis. Doações a museus locais reforçam confiança na cena cultural, com projetos como novas galerias e espaços, além de investimentos em infraestrutura.
Atraídos pela cena britânica, compradores internacionais devem aumentar presença, mantendo volume menor de leilões comparado a Nova York. O cenário sugere ganhos para o ecossistema de galerias e museus na capital britânica.
AI e o NA, novo eixo de mercado
A influência da IA no mercado deve avançar como segmento de mercado, sem reavaliação brusca de valuations. A tecnologia continuará acelerando processos de avaliação e pesquisa, mas riscos de desinformação ainda podem ocorrer no curto prazo. Craft-based art permanece em ascensão.
Entre na conversa da comunidade