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Quem pesquisa na web aprende mais que quem usa IA, aponta estudo

Estudo da Wharton aponta que buscas na web criam conhecimento mais profundo e textos originais; o formato fragmentado eleva retenção e acende alerta sobre IA

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
(Fiordaliso/Getty Images)
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  • Estudo da Wharton School, da Universidade da Pensilvânia, publicado na PNAS Nexus, com mais de 10 mil participantes, indica que buscar informações na internet gera aprendizado mais profundo do que usar IA generativa como o ChatGPT.
  • Usuários de mecanismos de busca produzem respostas mais originais e úteis, e a forma de apresentação da informação — fragmentada em várias páginas ou em um resumo único — influencia a retenção e a compreensão.
  • Em experimento sobre jardinagem, quem utilizou buscador escreveu textos mais longos e variados do que quem usou IA.
  • Dividir dicas em várias páginas, simulando resultados de busca, levou à retenção de mais detalhes e a textos mais originais, padrão que se repetiu em temas como saúde e segurança digital.
  • Pesquisadores alertam que o uso de IA pode promover aprendizado superficial pela percepção de que a tecnologia oferece respostas melhores; recomendam uso crítico e desenvolvimento de habilidades de pesquisa, com IA como apoio, não substituto do pensamento crítico.

Um estudo recente da Wharton School, da Universidade da Pensilvânia, revela que buscar informações na internet resulta em aprendizado mais profundo do que depender de ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa, como o ChatGPT. A pesquisa, conduzida por Shiri Melumad e Jin Ho Yun, foi publicada na revista PNAS Nexus e envolveu mais de 10 mil participantes em diversos experimentos.

Os resultados indicam que usuários de mecanismos de busca produzem respostas mais originais e úteis. A forma de apresentação da informação também desempenha um papel crucial, com formatos fragmentados favorecendo a retenção e compreensão. Em um dos experimentos, participantes que utilizaram um buscador para aprender sobre jardinagem escreveram textos mais longos e variados em comparação àqueles que usaram IA.

Efeitos da Apresentação da Informação

Nos experimentos, os pesquisadores testaram se a diferença se devia ao tipo de informação ou à sua apresentação. Ao dividir dicas de jardinagem em várias páginas, simulando resultados de busca, os participantes retiveram mais detalhes e produziram textos mais originais. Esse padrão se repetiu em temas variados, como saúde e segurança digital, demonstrando que a interação ativa com a informação leva a uma compreensão mais profunda.

Os autores também notaram que o uso de IA pode levar a um aprendizado superficial, pois muitos participantes acreditam que a tecnologia oferece respostas melhores. Essa percepção reduz o esforço cognitivo, resultando em uma compreensão limitada do conteúdo. O estudo alerta para a necessidade de um uso crítico das ferramentas de IA, enfatizando a importância de desenvolver habilidades de pesquisa e análise.

Melumad expressou preocupação sobre o uso crescente de IA entre estudantes, afirmando que, se não forem ensinados a interpretar e sintetizar informações, correm o risco de perder a capacidade de aprender de forma profunda. O estudo não condena a IA, mas sugere que ela deve ser utilizada como uma ferramenta de apoio, e não como um substituto para o pensamento crítico.

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