- A Suécia registra números recordes de aposentados matriculados no Senioruniversitetet, universidade nacional criada para idosos, com cerca de trinta filiais que promovem círculos de estudo, palestras e cursos.
- A filial de Estocolmo é a maior, funciona desde 1991 e é gerida por cerca de 100 voluntários em vários locais; as palestras de terça-feira atraem em torno de 1.000 pessoas por semana.
- Em dois mil e vinte e três foram realizadas duas mil e noventa e nove atividades no país, com cento e sessenta e um mil setecentos e trinta e dois participantes; neste ano a projeção é de dois mil e trezentos e noventa e uma atividades e cento e setenta e sete mil e vinte e quatro participantes.
- Os temas vão de idiomas a política, medicina e arquitetura, refletindo a busca por aprendizado por prazer e por interação presencial em meio a preocupações com solidão.
- Mesmo com o crescimento, há ressalvas sobre financiamento público e a necessidade de ampliar o público para além de um perfil demográfico mais homogêneo.
Os aposentados suecos ganham espaço na universidade. O projeto é conduzido pela Senioruniversitet, em parceria com a Folkuniversitetet, e hoje soma cerca de 30 filiais independentes pelo país, oferecendo círculos de estudo, palestras e cursos sobre línguas, política, medicina e arquitetura.
A maior unidade fica em Estocolmo, fundada em 1991. Hoje opera em múltiplos locais da capital, com cerca de 100 voluntários. A palestra das terças-feiras atrai aproximadamente 1.000 pessoas semanalmente, segundo a organização.
A iniciativa ganhou força após semanas de isolamento, com maior demanda por aprendizado e interação presencial. A presidente da Senioruniversitetet em Estocolmo, Inga Sanner, afirma que o interesse está no maior nível já registrado.
Entre 2023 e 2024, a participação cresce e reforça o alcance nacional. Em 2023, houve 2.099 eventos em toda Suécia com 161.932 participantes; a projeção para este ano é de 2.391 eventos e 177.024 participantes, conforme a Folkuniversitetet.
Gunnar Danielsson, secretário-geral da Folkuniversitetet, ressalta o entusiasmo por aprender por prazer, em uma sociedade cada vez mais orientada à educação voltada ao mercado de trabalho. Ele ressalta ainda o papel social da iniciativa.
Para Inga Sanner, a população acima de 55 anos está mais alerta e demonstra verdadeira fome por educação. Ela enfatiza a importância do aprendizado para ampliar o conhecimento do mundo e o sentido de tempo presente.
A rede de voluntários descreve o trabalho como significativo, com atividades que vão além das aulas, incluindo o contato entre alunos, resultados que chegam às famílias e ao círculo social. Experiências de convivência fortalecem a participação comunitária.
Susanne Abelin, 66, ex-jornalista, destaca que o envelhecimento traz desafios como o preconceito. Ela participa da equipe de comunicação e afirma que, mesmo com limitações, o aprendizado mantém a mente aguçada e incentiva a prática de idiomas entre os colegas.
Joachim Forsgren, 71, ex-médico que atua como palestrante voluntário, já discutiu temas como saúde pública e tuberculose. Para ele, o voluntariado oferece propósito e demonstra que aposentadoria não significa desligamento do mundo cívico.
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