22 de jun 2025

Choro incessante ecoa em regiões de conflito no Irã, Israel, Gaza e África
Luiz Felipe Pondé analisa a teodiceia de Leibniz e a dor humana em templo yazidi, destacando a busca por misericórdia em tempos de sofrimento.

Ilustração da coluna de Luiz Felipe Pondé de 22 de junho de 2025 (Foto: Ricardo Cammarota/Folhapress)
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Em um templo yazidi na Armênia, Luiz Felipe Pondé reflete sobre a teodiceia de Leibniz e a hipótese yazidi, que explora a natureza do sofrimento humano. Os yazidis, perseguidos brutalmente pelo Estado Islâmico, são vistos como adoradores do Satanás, resultando em massacres e escravização.
Pondé destaca a cosmologia yazidi, que se assemelha a heresias cristãs antigas, como o gnosticismo. Essa visão sugere que uma força maligna governa o mundo, trazendo sofrimento e desespero. O filósofo menciona que, ao observar a dor humana, é difícil não associar essa agonia ao "anjo mau" yazidi.
A reflexão se aprofunda na busca de Leibniz por uma explicação racional para o sofrimento. Ele desenvolveu a teodiceia, defendendo que este é o "melhor mundo possível", onde a imperfeição é uma característica da criação divina. Essa ideia, no entanto, foi criticada por Voltaire em sua obra "Cândido", que satiriza a visão otimista de Leibniz.
Pondé também menciona a proposta da filósofa Cristina Sá Carvalho, que sugere uma "viagem até a misericórdia" como forma de cuidar do mundo. Para ela, a misericórdia é essencial para a sustentabilidade da vida e das relações humanas. A reflexão sobre a natureza do sofrimento e a busca por respostas continuam a ser temas relevantes em um mundo marcado por conflitos e injustiças.
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