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Cenas de guerra no Rio: fotógrafo revela a realidade brutal da Rocinha após tiroteios

Bruno Itan, fotógrafo de 36 anos, documenta a vida nas favelas há 16 anos. Em 2025, a Região Metropolitana do Rio teve 49 tiroteios, com 15 mortes. O aumento de tiroteios é de 11% em relação a 2024, com feridos crescendo 125%. Itan enfrenta riscos ao fotografar operações policiais, sendo confundido com criminoso. Seu livro "Olhar Complexo" foi finalista do Prêmio Jabuti, destacando sua trajetória.

Bruno Itan, 36, retrata há 16 anos o dia a dia dos moradores das comunidades do RJ e mostra como fica a região após uma operação policial. (Foto: Bruno Itan)

Bruno Itan, 36, retrata há 16 anos o dia a dia dos moradores das comunidades do RJ e mostra como fica a região após uma operação policial. (Foto: Bruno Itan)

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As imagens de balas espalhadas pelo chão e sangue nas vielas da Rocinha, no Rio de Janeiro, retratam a realidade da comunidade após operações policiais. O fotógrafo Bruno Itan, de 36 anos, documenta essa vida há 16 anos, tendo começado sua trajetória no Complexo do Alemão. Ele cresceu em um ambiente de dificuldades e encontrou na fotografia uma forma de expressar a beleza que vê em meio à violência. Bruno narra sua primeira experiência em uma operação policial em 2010, quando, mesmo sem experiência, decidiu registrar a ação caótica que presenciou.

Bruno destaca que, por ser morador, enfrenta desafios únicos ao fotografar. Ele se disfarça de cidadão comum para evitar conflitos com policiais e traficantes. "Corro o risco de tomar um tiro dos policiais, pois podem confundir meu equipamento com uma arma", explica. Apesar do perigo, ele é acolhido pelos moradores, que reconhecem a importância de seu trabalho. Em suas redes sociais, Bruno compartilha imagens que vão desde a rotina dos moradores até cenas de violência, como um vídeo que mostra cápsulas de bala e sangue nas ruas.

Recentemente, durante uma operação em 17 de dezembro, Bruno acordou ao som de tiros e helicópteros. Ele usou sua rede de contatos para se informar sobre a situação e conseguiu entrar na comunidade com a ajuda do Ministério Público, evitando hostilidade. "Os policiais preferem trocar tiros de fuzil com um bandido do que ver um fotógrafo perto deles", afirma. Ele acredita que sua presença ajuda a documentar a realidade das operações policiais, que muitas vezes são brutais.

Além de seu trabalho fotográfico, Bruno lançou o livro "Olhar Complexo", finalista do Prêmio Jabuti, e oferece cursos gratuitos de fotografia na comunidade. Ele busca inspirar jovens a encontrar caminhos diferentes do tráfico. Em um cenário de crescente violência, o Instituto Fogo Cruzado registrou um aumento significativo nos tiroteios e nas vítimas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro no início de 2025, refletindo a urgência da situação nas comunidades.

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