21 de jan 2025
Taxa de escalada do Everest sobe para R$ 90 mil e novas regras são implementadas
O Nepal aumentou as taxas de licença para escalar o Everest, visando controle. A validade das permissões foi reduzida de 75 para 55 dias, limitando escaladas. Práticas sustentáveis, como uso de sacolas biodegradáveis, são agora obrigatórias. Em 2024, quase 100 toneladas de lixo foram coletadas no Everest, evidenciando poluição. A Suprema Corte do Nepal exige medidas para preservar o ecossistema da montanha.
Grupo escala o Monte Everest (Foto: Reprodução do Instagram/@furtenbachadventures)
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As autoridades do Nepal implementaram novas regras para a escalada do Monte Everest, visando controlar o número de alpinistas e mitigar os impactos ambientais. De acordo com a agência de notícias Efe, a taxa para estrangeiros aumentará de US$ 11 mil (cerca de R$ 66,5 mil) para US$ 15 mil (R$ 90,7 mil) durante a alta temporada, que ocorre de março a maio. O secretário adjunto do Ministério do Turismo, Indu Ghimire, informou que as taxas para outras estações também subirão, com a licença no outono passando de US$ 5,5 mil (R$ 33,2 mil) para US$ 7,5 mil (R$ 45,3 mil) e no inverno e monções de US$ 2,75 mil (R$ 16,6 mil) para US$ 3,75 mil (R$ 22,7 mil).
Além do aumento nas taxas, a validade das licenças foi reduzida de 75 para 55 dias. As medidas visam diminuir a superlotação nas encostas do Everest, que tem causado sérios danos ecológicos. As autoridades agora exigem práticas sustentáveis, como o uso de sacolas biodegradáveis para resíduos humanos. O acampamento base, a 5,3 mil metros de altitude, recebe mais de 2.000 pessoas por temporada, e a gestão de resíduos é uma preocupação crescente, com apenas algumas agências oferecendo instalações adequadas.
Na primavera de 2024, quase 100 toneladas de lixo foram removidas do Everest, enquanto cerca de 600 alpinistas, incluindo 200 estrangeiros, conseguiram chegar ao cume. O período também registrou oito mortes. Em resposta ao aumento na emissão de licenças, a Suprema Corte do Nepal ordenou a suspensão das escaladas, enfatizando a necessidade de combater a poluição e adotar práticas sustentáveis para preservar o ecossistema do Everest para as futuras gerações.
Desde 1953, quase 8.900 pessoas alcançaram o pico mais alto do mundo pelo lado nepalês. As novas regulamentações refletem a crescente preocupação com a preservação ambiental e a segurança dos alpinistas, em um dos destinos mais icônicos do montanhismo mundial.
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