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Transportes coletivos do Rio enfrentam crise: um bilhão de usuários a menos em dez anos

O Rio de Janeiro enfrenta uma queda de 42% nas viagens de transporte público em dez anos. A insegurança aumentou, com 6.275 assaltos a ônibus registrados em 2024. Longos deslocamentos afetam a saúde mental e física dos usuários, segundo pesquisa. Novas licitações para trens e ônibus estão previstas, buscando melhorias no sistema. Especialistas defendem integração entre modais para otimizar a mobilidade urbana.

O movimento de trens na estação de Nova Iguaçu, na Baixada: são 220 quilômetros de trilhos, mas com pouca integração. (Foto: Márcia Foletto)

O movimento de trens na estação de Nova Iguaçu, na Baixada: são 220 quilômetros de trilhos, mas com pouca integração. (Foto: Márcia Foletto)

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A rotina de quem utiliza os transportes públicos no Rio de Janeiro é marcada por longos deslocamentos e condições precárias. Simone Coelho de Almeida, de 48 anos, enfrenta diariamente duas horas e meia de viagem, muitas vezes em pé, entre a Baixada Fluminense e a Tijuca. Apesar de melhorias como corredores exclusivos para ônibus e a expansão do metrô, esses avanços não foram suficientes para atender a demanda de milhões de usuários que sofrem com a insegurança e a ineficiência dos serviços. Uma série de reportagens do GLOBO investiga as falhas no sistema de transporte e as possíveis soluções.

Dados alarmantes revelam que, em uma década, o número de viagens nos transportes públicos caiu quase pela metade, resultando em cerca de um bilhão de passageiros a menos. Essa queda na demanda, associada a fatores econômicos, contribuiu para a precarização dos serviços. Especialistas apontam que o momento é crucial para buscar soluções, com novas licitações para trens e linhas de ônibus previstas para os próximos meses. Simone, por exemplo, anseia por melhorias que poderiam aliviar seu sofrimento diário, que inclui longos engarrafamentos.

A saúde dos passageiros também é afetada, com um estudo indicando que 54% dos entrevistados afirmaram que o tempo de deslocamento impacta negativamente sua qualidade de vida. Sintomas como dor de cabeça e ansiedade são comuns entre os usuários. Além disso, a violência urbana agrava a situação, com interrupções frequentes nos serviços de trem devido a tiroteios e furtos. Cristiane da Silva Valente, uma usuária, relatou atrasos constantes devido a esses problemas, enquanto assaltos em ônibus aumentaram em 2024.

A migração para alternativas mais seguras, como o transporte por aplicativo, tem crescido, refletindo a insatisfação com o transporte público. Marcus Quintella, da FGV Transportes, destaca que essa mudança impacta o trânsito, já que as ruas não estão preparadas para o aumento de veículos. A proposta de priorizar o transporte sobre trilhos, integrando diferentes modais, é vista como uma solução viável. Joubert Fortes Flores Filho, da ANPTrilhos, enfatiza a necessidade de um sistema de transporte mais organizado e eficiente, enquanto o secretário estadual de Transportes, Washington Reis, defende a construção de novas linhas de metrô para aliviar o tráfego nas ruas.

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