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Conservação da raposa-do-campo: um projeto para salvar a espécie ameaçada no Cerrado

A raposa do campo, endêmica do Cerrado, enfrenta extinção devido a ameaças. O projeto Raposinha do Pontal monitora a espécie em Goiás desde 2020. A expansão da soja prejudica o habitat e a alimentação das raposas. Pesquisadores buscam engajar a comunidade em conservação e educação ambiental. A colaboração entre biólogos e fazendeiros visa equilibrar produção e preservação.

Foto: Reprodução

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Em Corumbaíba, Goiás, a raposa-do-campo (Lycalopex vetulus) é uma espécie endêmica do Cerrado, conhecida por sua dieta baseada em cupins. A mãe Krahô-Kanela, com cinco parceiros ao longo da vida, cuida de seus filhotes em um ambiente ameaçado pela agricultura e urbanização. A espécie, considerada quase em risco de extinção, enfrenta desafios como a perda de habitat e doenças transmitidas por cães domésticos. Um estudo de viabilidade indica que há 80% de chance de extinção em 50 anos, alertando para a vulnerabilidade da raposinha.

O projeto Raposinha do Pontal, iniciado em 2020, busca entender a ecologia da raposa-do-campo em um agroecossistema. Biólogos monitoram indivíduos com coleiras rádio-transmissoras, coletando dados sobre saúde e comportamento. A iniciativa é uma parceria entre o Programa de Conservação Mamíferos do Cerrado e o proprietário da fazenda, Juscelino Martins, que já promoveu a reintrodução de antas na região. O projeto visa gerar informações que ajudem na conservação da espécie e na criação de políticas ambientais.

Pesquisadores identificaram que a expansão da soja tem impactado negativamente a raposa-do-campo, deslocando os indivíduos e reduzindo sua base alimentar. Em um estudo anterior, 45% das raposinhas monitoradas morreram por causas humanas. O monitoramento contínuo permite avaliar a saúde da população e as ameaças enfrentadas, com foco na preservação do habitat e na educação ambiental.

A equipe do projeto também busca engajar a comunidade local, promovendo a conscientização sobre a importância da raposa-do-campo. A criação de um livro infantil e a designação da raposinha como mascote da Universidade Federal de Catalão são iniciativas que visam fortalecer a relação entre a conservação e a população. O trabalho conjunto entre pesquisadores e a comunidade é essencial para garantir a sobrevivência da espécie e a preservação do Cerrado.

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