24 de fev 2025
Vozes do sofrimento na guerra da Ucrânia: ‘Vi meu pai tirar minha mãe dos escombros’
A invasão russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, causou devastação. Relatos de sobreviventes revelam traumas e a luta pela sobrevivência diária. Mais de 29.000 civis feridos e 12.600 mortos em três anos de conflito. A busca por apoio psicológico aumentou, refletindo o impacto emocional da guerra. A guerra transformou vidas, com histórias de perda, resiliência e busca por cura.
"Tania Zheltova, em um ateliê de pintura no centro de Kiev, neste sábado. (Foto: Óscar Gutiérrez)"
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A guerra na Ucrânia tem deixado marcas profundas e irreparáveis na vida de milhões de pessoas. Um dos episódios mais devastadores ocorreu em 16 de março de 2022, quando um missel russo atingiu um teatro em Mariupol, que servia como abrigo para civis. Yulia Moroz, uma contadora de 48 anos, estava no local e descreve o momento como um "inferno", onde perdeu parte de sua família e viu a destruição de suas vidas. Desde então, mais de 29.392 civis foram feridos e 12.654 perderam a vida, incluindo 673 crianças, segundo dados da ONU.
A situação é ainda mais alarmante para os idosos, que representam apenas 25% da população, mas quase metade das mortes civis ocorre nessa faixa etária. Moroz, agora vivendo em um apartamento modesto em Vinitsia, luta para reconstruir sua vida, enfrentando dificuldades financeiras e emocionais. Ela compartilha o espaço com seus pais, que também foram afetados pela guerra, e expressa sua angústia ao lembrar do passado.
Outro relato impactante é o de Volodímir Borisenko, de 33 anos, que perdeu sua mãe, Inna, em janeiro de 2023. Ele descreve a dor de ter que identificar o corpo dela, encontrado em uma área de combate. Borisenko, que vive em Bilogorodka, tenta lidar com a perda e a sensação de impotência, enquanto a guerra continua a devastar sua terra natal.
A jovem Stanislava Tsimbal, de 14 anos, também carrega o peso da guerra. Natural de Mariupol, ela e sua família foram forçados a fugir duas vezes devido aos conflitos. Apesar das dificuldades, Tsimbal demonstra resiliência e um senso de humor notável, buscando apoio psicológico para lidar com as consequências emocionais da guerra. Sua história reflete a luta de muitos ucranianos que, mesmo diante da adversidade, tentam encontrar um caminho para a recuperação e a esperança.
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