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Áreas marinhas protegidas do Brasil enfrentam contaminação por microplásticos

Áreas marinhas protegidas do Brasil enfrentam contaminação por microplásticos. Estudo utilizou bivalves como sentinelas para avaliar a poluição marinha. Atol das Rocas, mesmo restrito, apresentou microplásticos em amostras. Contaminação média foi de 0,42 partículas por grama de tecido úmido. Gestão ambiental e medidas globais são essenciais para mitigar a poluição.

Microplásticos - Ciência: pesquisadores brasileiros procuram solução para a contaminação (Foto: MICROGEN IMAGES/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)

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As áreas marinhas protegidas (AMPs) do Brasil, reconhecidas como importantes santuários da biodiversidade, enfrentam a contaminação por microplásticos, conforme um estudo recente. Pesquisadores brasileiros e australianos analisaram moluscos bivalves, como ostras e mexilhões, em AMPs, incluindo áreas de proteção integral, e encontraram microplásticos mesmo em locais restritos, como o Atol das Rocas, onde não há atividade econômica. Ítalo Braga, professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo, destaca que esses contaminantes podem ser transportados por vento e correntes oceânicas.

Os microplásticos, partículas de até cinco milímetros, são resultantes da degradação de plásticos maiores ou fabricados para uso industrial. O estudo identificou que 59,4% dos microplásticos encontrados eram compostos por polímeros alquídicos, celulose, polietileno tereftalato (PET) e politetrafluoretileno (PTFE). A pesquisa abrangeu dez AMPs, revelando uma média de 0,42 partículas por grama de tecido úmido, com a maior contaminação no Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes e a menor no Atol das Rocas.

Embora a contaminação nas AMPs esteja abaixo da média internacional, ela ainda é preocupante. Em comparação, áreas não protegidas, como Santos e algumas praias do Rio de Janeiro, apresentam contaminações até 60 vezes maiores. Os bivalves foram escolhidos como organismos-sentinelas devido à sua capacidade de acumular poluentes ao longo do tempo, proporcionando um histórico mais confiável da contaminação.

Os resultados indicam que a criação de AMPs não é suficiente para eliminar a poluição. Braga enfatiza a necessidade de gestão ambiental eficaz e fiscalização rigorosa, além de medidas globais, como o Tratado Global dos Plásticos, para enfrentar a questão da contaminação por microplásticos, que pode ter origens distantes.

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