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Disputa entre músicos e ambientalistas marca o futuro do pau-brasil na fabricação de arcos de violino

**Linha fina:** A proibição do uso do pau brasil para arcos gera conflito entre músicos, archetiers e ambientalistas; futuro da madeira é incerto.

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O uso do pau-brasil na fabricação de arcos para instrumentos de corda, como violinos e violoncelos, gerou uma controvérsia significativa. François Xavier Tourte, um relojoeiro francês do século XVIII, revolucionou a construção de arcos ao utilizar essa madeira, que se tornou o padrão-ouro devido à sua flexibilidade e resistência. No entanto, a árvore está agora em risco de extinção, levando a um comércio virtualmente proibido desde 2023, após a suspensão de licenças ambientais pelo Ibama.

A situação se agravou após a Operação Dó-Ré-Mi, em 2022, que desmantelou uma quadrilha envolvida no desmatamento ilegal, resultando na apreensão de milhares de varetas de pau-brasil. Em 2024, novas apreensões somaram multas de até R$ 23 milhões. O contrabando de varetas para mercados internacionais, onde são transformadas em arcos de alto valor, continua a ser um desafio, com um mercado global de instrumentos musicais movimentando cerca de US$ 2 bilhões.

Uma proposta do Brasil para incluir o pau-brasil no Apêndice 1 da CITES, que proíbe o comércio internacional, visa proteger a espécie, mas enfrenta resistência de músicos e fabricantes, como o renomado violoncelista Yo-Yo Ma, que defende a possibilidade de uso sustentável. Atualmente, o pau-brasil está no Apêndice 2, que permite o comércio sob certas condições, mas a fraude em documentos legais é comum, dificultando a fiscalização.

A proibição do uso do pau-brasil impactou negativamente a indústria nacional de arcos, que havia se desenvolvido entre 2018 e 2022, quando a madeira certificada era autorizada. Com a proibição, os fabricantes brasileiros agora utilizam madeiras alternativas, como ipê e maçaranduba, que não oferecem a mesma qualidade. Daniel Lombardi, um archetier brasileiro, expressa a necessidade de fortalecer a produção nacional e sugere que, com a conservação adequada e diálogo, a discórdia sobre o uso do pau-brasil pode ser resolvida.

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