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Unicamp aprova cotas para pessoas trans e não-binárias em cursos de graduação

A Unicamp aprovou cotas para pessoas trans, travestis e não binárias. As vagas serão incluídas no Edital Enem Unicamp a partir do Vestibular 2025. Cursos com até 30 vagas devem oferecer pelo menos uma cota; acima, duas. Metade das vagas será destinada a candidatos pretos, pardos e indígenas. A proposta resultou de articulação com movimentos sociais e é um marco histórico.

Foto de um grupo de pessoas reunidas em uma mesa, discutindo ideias e estratégias em um ambiente de escritório moderno. (Foto: Reprodução)

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A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou, por unanimidade, a implementação de cotas para pessoas trans, travestis e não-binárias em seus cursos de graduação. A decisão foi tomada na tarde de terça-feira, 1 de abril de 2025, pelo Conselho Universitário da Unicamp (Consu) e as vagas estarão disponíveis no Edital Enem-Unicamp. A medida visa garantir a inclusão de candidatos de escolas públicas e privadas.

Os cursos com até trinta vagas regulares deverão oferecer pelo menos uma vaga para essa população, enquanto os cursos com trinta ou mais vagas devem disponibilizar duas cotas. As vagas adicionais não precisam ser obrigatoriamente preenchidas. Quando as cotas não forem adicionais, elas serão subtraídas das vagas de ampla concorrência. A Unicamp também informou que metade das vagas será destinada a candidatos que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas (PPI).

O processo de seleção incluirá uma autodeclaração na inscrição, conforme previsto pela Corte Interamericana de Direitos Humanos e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, será exigido um relato de vida, que será analisado por uma comissão de verificação. No Vestibular 2025, foram registrados 279 candidatos com nome social, dos quais 40 foram convocados, com destaque para os cursos de Artes Visuais, Ciências Biológicas e Medicina.

A proposta foi resultado de articulação entre movimentos sociais, como o Ateliê TransMoras e o Núcleo de Consciência Trans (NCT). O coordenador da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), José Alves Neto, destacou que essa é uma conquista histórica para a universidade. Atualmente, treze universidades federais ou estaduais já adotam sistemas semelhantes de acesso à graduação.

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