07 de abr 2025
Desigualdade salarial persiste: mulheres ganham 20,9% a menos que homens no Brasil
Relatório de Transparência Salarial revela que mulheres ganham 20,9% menos que homens. Desigualdade persiste, apesar de avanços na inclusão.
Salário é trava na busca por equidade: Mulheres recebem 20% menos (Foto: Editoria de Arte/O Globo)
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O terceiro Relatório de Transparência Salarial e Igualdade, divulgado pelo Ministério do Trabalho, revela que as mulheres recebem, em média, 20,9% a menos que os homens. Os dados, oriundos do Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) de 2024, abrangem 53.014 estabelecimentos com cem ou mais empregados e analisam 19 milhões de vínculos. Em comparação com os relatórios anteriores, a diferença salarial aumentou, passando de 19,4% e 20,7% nos anos anteriores.
Os salários médios mostram que os homens ganham R$ 4.745,53, enquanto as mulheres recebem R$ 3.755,01. Para mulheres negras, o cenário é ainda mais desafiador, com um salário médio de R$ 2.864,39, em contraste com R$ 3.647,97 para homens negros. Apesar do aumento na participação de mulheres negras no mercado de trabalho, que subiu de 3,2 milhões para 3,8 milhões, a desigualdade salarial persiste.
O relatório também indica uma redução no número de estabelecimentos com até 10% de mulheres negras, caindo de 21.680 para 20.452. Além disso, houve um aumento nos locais onde a diferença salarial entre gêneros é de, no máximo, 5%. As mulheres em cargos de direção e gerência recebem apenas 73,2% do salário dos homens, enquanto as profissionais com nível superior recebem 68,5%.
A lei sancionada em julho de 2023 estabelece que empresas com mais de 100 empregados devem implementar medidas para garantir a igualdade salarial. Essas medidas incluem a transparência salarial, fiscalização contra discriminação, canais de denúncia e programas de diversidade e inclusão, além de incentivar a capacitação de mulheres. Estados como Acre, Santa Catarina e São Paulo apresentam as menores desigualdades salariais.
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