Expo 2025 em Osaka destaca unidade global e inovações em arquitetura sustentável

O Expo 2025, que terá início neste fim de semana em Osaka, Japão, busca promover a unidade global em um contexto de crescente instabilidade mundial. O arquiteto japonês Sou Fujimoto, responsável pelo projeto, destaca que o evento é uma oportunidade para que diversas nações se reúnam e discutam o futuro. Com previsão de receber 28 milhões de visitantes até outubro, o evento será realizado em uma ilha artificial de 960 acres, abrigando mais de 150 pavilhões que apresentarão inovações tecnológicas e conceitos de design.

A principal atração do Expo 2025 é a Grand Ring, uma estrutura contínua de madeira com mais de 1,2 milhas de circunferência, que detém o recorde mundial de maior estrutura arquitetônica de madeira. Feita de cedro e cipreste japonês, a Grand Ring simboliza a sustentabilidade e a conexão com a natureza, além de servir como um caminho para os visitantes, protegendo-os das intempéries. Fujimoto enfatiza que a construção com madeira é uma alternativa viável ao concreto, que é intensivo em carbono.

Apesar dos desafios enfrentados, como o aumento dos custos de construção, que saltaram de 125 bilhões de ienes para 235 bilhões de ienes, o arquiteto mantém uma visão otimista sobre o evento. Ele acredita que a atmosfera em Osaka está mudando e que o interesse do público está crescendo. A discussão sobre o futuro da Grand Ring após o evento ainda é um tema controverso, com críticos argumentando que sua remoção poderia contradizer a mensagem de sustentabilidade que o Expo busca transmitir.

Fujimoto, reconhecido por sua abordagem inovadora, combina métodos de construção modernos com tradições arquitetônicas japonesas. Ele defende que, independentemente do destino da Grand Ring, o ideal é que a madeira seja reutilizada em outros projetos, preservando assim a essência do material. O evento também busca refletir sobre a relação entre a sociedade e a natureza, com a criação da Floresta da Tranquilidade, que abriga cerca de 1.500 árvores nativas, reforçando a importância da natureza no design contemporâneo.