18 de abr 2025
Levante do Gueto de Varsóvia: resistência judaica e a luta pela memória do Holocausto
Levante do Gueto de Varsóvia, em 1943, simboliza a resistência judaica ao Holocausto. Registros do “Arquivo Oyneg Shabes” preservam essa memória vital.
Visitante no Museu do Holocausto, no Morro do Pasmado, em Botafogo. (Foto: Marcia Foletto / Agência O Globo)
Ouvir a notícia:
Levante do Gueto de Varsóvia: resistência judaica e a luta pela memória do Holocausto
Ouvir a notícia
Levante do Gueto de Varsóvia: resistência judaica e a luta pela memória do Holocausto - Levante do Gueto de Varsóvia: resistência judaica e a luta pela memória do Holocausto
Levante do Gueto de Varsóvia: memória da resistência judaica contra o nazismo
Em 19 de abril de 1943, iniciou-se o Levante do Gueto de Varsóvia, a maior resistência armada judaica durante o Holocausto. Após quase um mês de confronto, os sobreviventes fugiram ou foram deportados para campos de concentração. A data se tornou um símbolo da reação do povo judeu à opressão nazista e ao genocídio.
A resistência no gueto, que chegou a concentrar cerca de 500 mil pessoas, não se limitou ao levante armado. Entre 1940 e 1943, os judeus lutaram contra epidemias, fome e maus-tratos, buscando manter a educação e registrar o cotidiano em um espaço isolado do mundo exterior.
O “Arquivo Oyneg Shabes”, coordenado pelo historiador Emanuel Ringelblum, documentou a vida no gueto com o objetivo de preservar a memória para as futuras gerações. O arquivo foi escondido em latões de leite e desenterrado em 1946, graças aos esforços de Hersh Wasser e grupos de busca.
Os escritos do “Arquivo Oyneg Shabes” foram compilados e publicados por Samuel Kassow em “Quem escreverá a nossa história?”. A obra representa uma reação ao genocídio nazista, que buscava eliminar os vestígios físicos e culturais do povo judeu. A memória e a escrita se tornaram instrumentos de resistência.
Ringelblum e a maioria de seus colaboradores foram mortos pelos nazistas, mas seus testemunhos alertam sobre os perigos da perversidade e da indiferença. O Holocausto demonstra como milhões de cidadãos foram desumanizados e transformados em párias sociais.
A educação para a formação cidadã, com respeito à diversidade, é fundamental para combater a cultura do ódio. No entanto, os radicalismos contemporâneos ainda ensinam a discriminação e a violência, ameaçando os valores da tolerância e do respeito. É preciso um compromisso com a memória e a ação para evitar que a história se repita.
Sofia Débora Levy, representante para a Memória do Holocausto do Congresso Judaico Latino-Americano, ressalta a importância de refletir sobre o compromisso de cada um com as novas gerações. A preservação da memória do Holocausto é essencial para construir um futuro mais justo e humano.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.