13 de mai 2025

Aumento de violência contra população LGBT no Brasil chega a 2.340% em nove anos
Cresce a violência contra a população LGBTQIA+ no Brasil, com aumentos alarmantes de até 2.340% desde 2014, segundo o Atlas da Violência.
Foto:Reprodução
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O Atlas da Violência de 2023 revelou um aumento alarmante de 1.193% nos casos de violência contra homossexuais e bissexuais no Brasil desde 2014. O relatório, divulgado nesta segunda-feira, 12 de maio, também aponta um crescimento de 2.340% em casos de violência contra travestis. Esses dados refletem a necessidade urgente de melhorias na coleta de informações e evidenciam um ambiente político hostil.
Entre 2022 e 2023, os registros de violência contra homossexuais e bissexuais aumentaram 35%, enquanto a violência contra pessoas trans e travestis cresceu 43%. O maior aumento foi observado entre homens trans, embora o número de mulheres trans vítimas ainda seja superior. O relatório destaca que a interpretação desses dados deve ser cautelosa, pois a subnotificação de casos era comum há uma década.
Contexto e Dados
O Atlas da Violência, que utiliza dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, alerta que nem todas as agressões podem ser atribuídas à LGBTfobia. A falta de um censo geral e a ausência de informações sobre a motivação dos crimes dificultam a análise precisa. Apesar disso, o aumento nos registros sugere um crescimento real da violência contra a população LGBTQIA+.
O estudo também menciona um aumento no número de pessoas que se identificam como parte da comunidade LGBTQIA+, além da ampliação dos serviços de saúde que contribuem para a coleta de dados. O relatório sugere que a pandemia de Covid-19 e o governo anterior podem ter influenciado esse aumento na violência.
Projetos de Lei e Ambiente Político
O Atlas destaca o fortalecimento de movimentos políticos extremistas que promovem uma agenda anti-LGBTQIA+. Entre 2019 e 2023, foram apresentados mais de 60 projetos de lei no Congresso que visam restringir direitos da população LGBTQIA+. Esses projetos abordam temas como linguagem não-binária, participação de mulheres trans em esportes e questões de identidade de gênero em documentos oficiais.
Esses dados e tendências evidenciam a necessidade de um debate mais amplo sobre a proteção dos direitos da população LGBTQIA+ no Brasil, em um cenário de crescente violência e discriminação.
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