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Estudo revela que quase um milhão de mulheres alemãs foram estupradas na Segunda Guerra

Estudo revela que cerca de 870 mil mulheres alemãs foram estupradas por tropas aliadas na Segunda Guerra, um crime até então silenciado.

Flor é colocada no Memorial de Guerra Soviético em Berlim, que comemora o fim da Segunda Guerra Mundial (Foto: Christian Mang - 9.mai.25/Reuters)

Flor é colocada no Memorial de Guerra Soviético em Berlim, que comemora o fim da Segunda Guerra Mundial (Foto: Christian Mang - 9.mai.25/Reuters)

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A historiadora alemã Miriam Gebhardt estima que cerca de 870 mil mulheres alemãs foram estupradas por tropas aliadas durante e após a Segunda Guerra Mundial. A pesquisa revela que metade dos casos foi atribuída a soldados soviéticos, um quarto a norte-americanos e o restante a forças francesas, belgas e britânicas. Este tema, que permaneceu silenciado por décadas, agora ganha atenção.

Os relatos de abusos são corroborados por historiadoras de diversas partes do mundo, que utilizam testemunhos de vítimas para expor essa realidade. O diário de uma jornalista, publicado como Uma Mulher em Berlim, descreve como as mulheres tentavam identificar os soldados menos brutais para garantir sua sobrevivência. Muitas vezes, essas interações eram apresentadas como "confraternização", mas não havia consentimento.

A Responsabilidade dos Comandantes

Embora o alto comando soviético tenha proibido oficialmente os estupros, essa ordem foi frequentemente ignorada. O medo de revoltas entre civis levou a uma falta de controle sobre as tropas. Apenas alguns comandantes de alta patente conseguiram impor limites, enquanto a impunidade prevalecia.

Os soldados norte-americanos foram instruídos a evitar qualquer contato com civis alemães. No entanto, milhares de estupros ocorreram, e a demanda sexual dos soldados levou à mobilização de prostitutas. A saúde das mulheres foi negligenciada, resultando em infecções e outros problemas.

Silenciamento das Vítimas

Após a guerra, as vítimas alemãs foram silenciadas e muitas vezes rotuladas de forma pejorativa. Os estupradores afirmavam seu domínio sobre as mulheres derrotadas, enquanto os homens alemães viam os abusos como uma perda de virilidade. Isso contribuiu para o silêncio e a repressão dos traumas vividos.

Registros médicos da época ajudam a estimar a dimensão desses crimes, que foram amplamente ignorados. A necessidade de enfrentar essa realidade é urgente, e cabe aos pesquisadores e historiadores trazer à luz esses fatos, que revelam o estupro como uma arma de guerra.

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