- O Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab) conectou seis homicídios distintos no Paraná e no Rio Grande do Norte por uso das mesmas armas, usando o “DNA das balas” para ligar os casos.
- Os crimes em Curitiba (Paraná) e Natal e região metropolitana (RN) envolveram uma pistola Luger calibre 9 mm associada a um suspeito identificado como Kainan Wesley, considerado chefete do tráfico na região.
- No Rio Grande do Norte, a liderança de uma milícia formada por policiais e outros agentes de segurança foi ligada a quarenta e seis homicídios investigados entre setembro de dois mil e vinte e dois e maio de dois mil e vinte e cinco.
- Ao todo, o trabalho resultou em três condenações por homicídio e oito por formação de milícia, com o Sinab ajudando a confirmar semelhanças balísticas entre os casos.
- Desde dois mil e dezenove, o Sinab já auxiliou quase dez mil inquéritos, conectando investigações e acelerando a identificação de suspeitos em parceria entre governo federal, estados e o Distrito Federal.
O Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab) identifica impressões de armas de fogo em cenas de crime e conecta investigações. Criado em 2019, atua em parceria entre governo federal, estados e o Distrito Federal.
Novos vínculos demonstram que seis homicídios no Paraná e no Rio Grande do Norte estão ligados pelas mesmas balas, com participação de uma milícia policial no RN. Ao todo, três condenações por homicídio e oito por formação de milícia foram registradas.
Conexões balísticas no Paraná
A delegada Magda Hofstaetter, da 1ª Delegacia de Homicídios de Curitiba, afirma que o confronto balístico apontou que as mesmas armas figuraram nos crimes. A pistola Luger calibre 9 mm está relacionada aos suspeitos.
As investigações indicam que o responsável pela arma, identificado como Kainan Wesley, atua como chefe do tráfico na região do Abranches, em Curitiba. A arma ainda não foi apreendida, possivelmente permanece com ele.
Milícia no Rio Grande do Norte
Em Natal e região metropolitana, o Sinab conectou 46 homicídios entre 2022 e 2025. As ranhuras compatíveis aparecem em projéteis e cápsulas de múltiplos casos.
A polícia do RN aponta que a milícia envolve policiais e agentes de segurança, com armas de 9 mm, .40, .45 e .380. Os casos conectados ajudam a sustentar as acusações contra os acusados.
Resultados e percepção institucional
O delegado Cláudio Freitas de Oliveira, da 4ª Delegacia de Homicídios de Natal, ressalta que o Sinab facilita a instrução processual ao revelar coincidências balísticas. A ferramenta amplia o leque de ligações entre crimes.