- Pesquisa Gallup mostra recorde baixo na autoavaliação de saúde mental nos EUA: menos de 30% disseram que é “excelente” e 72% combinam “bom/excelente”.
- Queda começou após a pandemia de Covid-19 e se mantém estável desde então.
- Especialistas dizem que redução do estigma e maior abertura para falar de saúde mental ajudam a entender os números.
- Fatores como política, economia e estresse societal aparecem como influências significativas, impactando diferentes grupos.
- Maior queda entre republicanos e adultos formados, com queda de 53% para 40% entre republicanos; entre graduados, queda de 17% para 36%.
A Gallup revelou um recorde preocupante sobre a saúde mental dos estadounidenses: menos de 30% qualificam seu estado como excelente, e 72% somam bom ou excelente. Os números refletem queda contínua desde a pandemia de Covid-19, segundo a pesquisa divulgada nesta semana.
A queda acentuou-se entre grupos com maior histórico de autoavaliação positiva, como adultos com ensino superior e republicanos. Entre graduados, o percentual de mental health excelente caiu de 53% para 40% entre os ciclos 2014-2019 e 2020-2025, respectivamente.
Pesquisadores apontam que a maior abertura cultural para discutir saúde mental pode reduzir o estigma, levando mais pessoas a reconhecer dificuldades. Especialistas destacam que isso pode sinalizar maior conscientização, e não apenas piora de condições.
Fatores associados
A equipe de pesquisa cita estressores como política e economia como influentes na percepção de saúde mental. Rosenthal ressalta que incertezas sociais elevam o estresse, especialmente entre imigrantes, que relatam níveis muito altos de pressão.
Radley, do Commonwealth Fund, acrescenta que a discussão pública mais presente sobre sintomas psiquiátricos pode explicar parte da queda, associada à experiência traumática da pandemia. Ainda assim, nem toda tristeza exige tratamento imediato.
A White Paper da Fair Health aponta aumento de diagnósticos em saúde mental desde 2019, incluindo TDI, ansiedade e depressão. Especialistas ressaltam que fatores biológicos e mudanças ao longo da vida também influenciam esses quadros.
O estudo sugere que, embora haja maior disposição para buscar ajuda, a combinação de política instável, inflação e insegurança econômica contribui para um cenário de maior mal-estar geral nos EUA.
Entre na conversa da comunidade