Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?

Arnulf Rainer, figura revolucionária da arte austríaca pós-guerra, morre aos 96

Arnulf Rainer morre aos 96 anos; a galeria Thaddaeus Ropac confirma seu legado como uma das figuras mais influentes da arte pós-guerra

Telinha
Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Arnulf Rainer in 2019
0:00 0:00
  • Arnulf Rainer, figura central da vanguarda austríaca, morreu aos 96 anos em 18 de dezembro; a confirmação veio pela galeria Thaddaeus Ropac.
  • Nascido em 1929, em Baden, Áustria, ficou conhecido pelas Übermalungen (sobreposições) que mesclam fotos, autorretratos e símbolos com gestos expressivos.
  • Foi cofundador da Galerie nächst St Stephan, galeria que impulsionou a renovação da arte austríaca no pós-guerra.
  • Suas obras confrontaram traumas do Holocausto e de Hiroshima; a pintura Hiroshima, de 1982, é um marco pelo uso de gestos violentos e marcas na tela.
  • Teve reconhecimento internacional, com obras em MoMA (Nova York) e no Art Institute of Chicago, e representou a Áustria na Bienal de Veneza em 1978 e 1980.

Arnulf Rainer, figura central da vanguarda austríaca, morreu aos 96 anos. A informação foi confirmada pela galeria Thaddaeus Ropac em nota oficial, divulgando o falecimento em 18 de dezembro. O artista ficou conhecido por confrontar traumas históricos em sua obra.

Rainer cofundou a Galerie nächst St Stephan, espaço-chave para a renovação artística em Viena no pós-guerra. Sua atuação ajudou a abrir caminhos para artistas que buscavam alternativas ao meio artístico tradicional e conservador.

Nascido em Baden, Áustria, em 1929, ele se rebelsou contra as tradições acadêmicas ainda jovem. Largamente autodidata, mudou-se para Viena no final dos anos 1940, onde intensificou sua prática criativa em meio aos destroços da cidade.

Trajetória e linguagem visual

Seu amadurecimento ocorreu por meio das Übermalungen, pinturas sobrepondo fotografias, autorretratos e outras imagens com gestos agressivos. As marcas pintadas criam uma atmosfera de conflito psíquico e vulnerabilidade.

Entre as obras marcantes está Hiroshima, de 1982, que utiliza marcações contundentes para abordar o tema sem representar literalmente o evento. O retrato, muitas vezes distorcido, tornou-se espaço de questionamento existencial.

Rainer foi associado a correntes como Arte Bruta e Expressionismo Abstrato, mas manteve postura independente. Seu modo de trabalhar refletiu uma crítica ao consumismo de movimentos artísticos e uma recusa a rótulos fáceis.

A obra de Rainer integrou acervos de museus europeus e norte-americanos, incluindo MoMA e o Art Institute of Chicago. Representou a Áustria na Bienal de Veneza em 1978 e 1980, consolidando sua presença internacional.

A importância do artista está na insistência em enfrentar o desconforto, a mortalidade e a memória histórica. Em 1951, publicou o portfólio Perspectives of Destruction, que aborda Hiroshima e o Holocausto. Ele deixa esposa, Hannelore, e os filhos Clara e o marido Javier.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais