- Daniel Ole Sambu morreu em dezembro, aos 51 anos, após anos de atuação na conservação na região de Kilimanjaro, no Quênia.
- Ele foi coordenador de programa no Predator Compensation Fund, da Big Life Foundation, ajudando a criar e gerir um acordo de compensação para famílias que perdiam gado a predadores, em troca de não matarem os animais.
- O trabalho dele envolveu negociação paciente, visitas prolongadas às comunidades e reforço de que a saúde do ecossistema está ligada ao bem‑estar dos pastores.
- Também atuou no fortalecimento do bem‑estar dos guardas de fauna, chegando a ser presidente interino da Wildlife Conservancy Rangers Association, para melhorar condições de trabalho e apoio aos guardas.
- Suas ideias e abordagem enfatizavam mudanças culturais para proteger leões e a convivência entre pessoas e vida selvagem, mantendo o foco na responsabilidade moral compartilhada.
Daniel Ole Sambu morreu no final de dezembro aos 51 anos, deixando um legado de diplomacia entre comunidades pastorais e vida selvagem no leste africano. A notícia chega em meio a celebrações de décadas de trabalho em conservação e convivência humana com predadores.
Como coordenador do Predator Compensation Fund, da Big Life Foundation, Sambu ajudou a desenhar e manter um acordo: famílias que perdiam gado a predadores seriam compensadas, desde que não retaliariam contra os animais. O objetivo era reduzir conflitos e proteger ecossistemas frágeis.
Sua atuação ocorreu principalmente nas zonas rurais sob a influência do ecossistema de Amboseli, onde cresceu. Ele fortalecia vínculos entre comunidades, autoridades de conservação e agentes de patrulha, destacando a importância de manter a paz para a sobrevivência de todos.
Além do trabalho com o fundo de compensação, Sambu liderou iniciativas para melhorar o bem-estar dos guardas florestais. Ele atuou como presidente interino da Wildlife Conservancy Rangers Association, priorizando condições de trabalho seguras e apoio entre pares.
Conhecido por explicar ideias complexas com clareza e sem julgamentos, ele também participou de visitas escolares no exterior, respondendo a perguntas com humor e franqueza. Em relatos, sua visão era de que mudanças culturais podem favorecer a proteção de espécies.
A condução de políticas de convivência entre pastores e animais, e o cuidado com os guardas, permanecem após sua morte. A permanência dessas práticas reafirma que o equilíbrio atingido depende da continuidade do trabalho que Sambu ajudou a construir.
Crédito fotográfico: Daniel Ole Sambu, cortesia da Big Life Foundation.
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