- Um mural de Banksy com duas crianças deitadas olhando para o céu apareceu em Bayswater, oeste de Londres, com a imagens publicada no Instagram do artista na segunda-feira à tarde.
- Uma segunda peça idêntica apareceu na frente da torre Centre Point, no centro de Londres, na sexta-feira passada, mas a procedência ainda não foi confirmada.
- O mural em Centre Point foi visto como possível crítica à crise de sem-teto infantil, segundo o artista Daniel Lloyd-Morgan, em entrevista à BBC.
- O Bayswater está situado acima de uma fileira de garagens na Queen’s Mews.
- Um especialista em Banksy, Jason Tomkins, disse à BBC que pode haver uma conexão com uma obra anterior em Port Talbot (2018), sugerindo uma leitura sobre moradia.
A nova obra de Banksy apareceu em Londres, retratando duas crianças deitadas olhando para o céu. A cena surge em Bayswater, sobre uma fileira de garagens na Queen’s Mews. A divulgação ocorreu após o artista publicar uma foto no Instagram na segunda-feira.
Outra peça idêntica foi registrada na frente da torre Centre Point, no centro de Londres, na sexta-feira passada. Até o momento, não houve confirmação oficial de que a segunda obra tenha a assinatura de Banksy.
Confirmação da autoria e contexto
Daniel Lloyd-Morgan, especialista no trabalho de Banksy, disse à BBC que o local de Centre Point pode ter sido escolhido para apontar a questão da sem-tetoidade infantil. Segundo ele, muitas crianças não passam bem no período natalino.
Lloyd-Morgan acrescentou que a passagem de pedestres pelo mural não tem sido suficiente para chamar atenção ao tema, sugerindo que o impacto é maior quando as pessoas param para olhar. A obra é interpretada como um convite à empatia.
Significado e referências
Um cripticismo sobre o garoto que aponta o céu remete a uma figura presente em outra obra de Banksy, em Port Talbot, em 2018, conforme o debate entre especialistas. A relação entre as duas peças ainda não foi confirmada pela assessoria do artista.
Centre Point, conhecido por sua história ligada à moradia de baixa renda, era alvo de debates sobre crise habitacional quando ficou vazio por décadas após a construção, em 1966. Hoje, o espaço é associado a debates sobre sem-teto e políticas urbanas.
Entre na conversa da comunidade