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Museu com arte antes banida prospera no deserto do Uzbequistão

Museu de Nukus, renovado sob nova direção, atrai quase 70 mil visitantes este ano, com 26% estrangeiros, e já catalogou 3.000 obras

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Nukus Museum’s collection includes works of Uzbek decorative art as well as huge Russian avant-garde holdings
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  • O Museu Estadual de Arte I. V. Savitsky, em Nukus, abriga quase cem mil trabalhos de arte soviética e regional.
  • Em 2024, a coleção foi exibida em Florença e Veneza; o prédio recebeu renovação sob a direção de Gulbahar Izentaeva e revisão de arquitetura italiana por Massimiliano Bigarello para a nova disposição expositiva.
  • A renovação e promoção são impulsionadas pela ACDF (Fundação de Desenvolvimento de Arte e Cultura), com catalogação de cerca de três mil obras e foco em turismo internacional.
  • De janeiro até agora, o museu recebeu cerca de sessenta e nove mil setecentos e sessenta e seis visitantes, dos quais vinte e seis por cento são estrangeiros.
  • A mostra atual, incluindo The World of Igor Savitsky, integra planos de estudo de microescolas de pintura locais e ampliará pesquisas sobre o modernismo uzbeque.

O I.V. Savitsky State Art Museum, em Nukus, Uzbequistão, tornou-se centro de renovação e estudo com a gestão de Gulbahar Izentaeva. O museu abriga cerca de 100 mil trabalhos, entre arte soviética, regional e artesanato, em meio ao deserto de Karakalpakstan. A remodelação integra a arquitetura italiana e a reexposição de The World of Igor Savitsky.

A renovação, conduzida pela Art and Culture Development Foundation ACDF, ampliou o foco em arte moderna do século XX. A exposição Avanguardia Orientalis ganhou novo impulso, com curadoria de Silvia Burini, ligada à Ca’ Foscari de Veneza. A direção de Izentaeva, no cargo desde o início do ano, marca a continuidade de um plano de internacionalização.

Renovação e Novo Foco

A mostra The World of Igor Savitsky aborda a trajetória do museu desde a fundação, destacando a coleção que Savitsky reuniu, muitas vezes à margem das políticas oficiais. Massimiliano Bigarello assinou o redesign do espaço expositivo para oferecer nova atmosfera e iluminação.

A cooperação com especialistas italianos intensificou estudos sobre as microescolas locais da região, incluindo Bukhara e Tajiquistão. Burini ressalta que a arte uzbeque do período é fruto de diálogos entre tradições locais e influências europeias, com raízes em ikats, azulejos e Suzani. A curadoria atual busca uma visão mais ampla da modernidade regional.

Turismo e Catalogação

A ACDF tem impulsionado a visibilidade internacional do Nukus Museum, além de apoiar concursos e parcerias com eventos globais. Desde janeiro, o local recebeu cerca de 69.966 visitantes, com 26% vindos de fora do país, e já catalogou aproximadamente 3.000 obras. Izentaeva aponta a motivação: transformar Nukus em destino turístico relevante.

A iniciativa faz parte de um movimento cultural mais amplo no Uzbequistão, com destaque para a Bienal de Bukhara e acordos com feiras internacionais. A meta é promover a herança cultural de forma sustentável, preservando o patrimônio e estimulando a pesquisa acadêmica local.

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