- Temple Bar, em Dublin, deixou de ser visto apenas como um lugar de turismo barulhento, com policiamento mais eficaz que devolveu sensação de segurança e uma vibração eclética.
- Apesar de incidentes divulgados, como agressões, a área recebe cerca de 24 milhões de visitantes por ano e os episódios são raros nesse contexto.
- Há pessoas que veem uma renaissance cultural, com instituições como o Irish Film Institute, Project Arts Centre, Smock Alley Theatre e Graphic Studio Gallery; outros mantêm o estereótipo de área problemática.
- Os bares continuam bastante procurados, mas licenças noturnas caíram de vinte e cinco para sete, e muitos estabelecimentos passaram a servir comida.
- A área é descrita como o “front room” de Dublin, com planos para mais arte de rua, iluminação, mobiliário urbano e até cinema ao ar livre.
Desde a requalificação de Temple Bar, nos anos 1990, Dublin buscou criar um quarteirão cultural próximo ao rio Liffey, com ruas de paralelepíípedos, arte e renovação urbana. O objetivo era rivalizar com o Left Bank de Paris, transformando edifícios históricos em polos de cultura e turismo.
Três décadas depois, avaliações sobre o local variam. Críticas apontam violência e lotação de turistas, enquanto defensores destacam a restauração da segurança, o fluxo de visitantes e a diversidade de opções culturais, gastronômicas e comerciais.
A região, que já teve a reputação de “galinha dos ovos de ouro para boêmios”, soma anualmente cerca de 24 milhões de visitas. Dados recentes indicam queda de licenças de funcionamento até altas horas, com investimento em serviços de alimentação e atrações culturais.
Especialistas e representantes locais destacam que Temple Bar não é mais apenas um polo de bares; é um espaço que abriga museus, galerias, teatros e projetos artísticos. As mudanças são apontadas como parte de uma renovação que busca equilíbrio entre turismo e vida local.
Mudanças na vida cotidiana e na percepção pública
Para moradores, a área passou por uma redefinição de imagem. Há quem veja o bairro como vitrine de Dublin, com eventos ao ar livre, galerias e lojas que atraem famílias e visitantes de várias idades.
Entre comerciantes, há consenso de que o perfil de consumo mudou: menos festas prolongadas, mais alimentação de qualidade e atividades culturais. Esse redesenho também trouxe melhorias em iluminação, mobiliário urbano e segurança perceptível.
Visitas de turismo continuam, atraídas pela combinação de pubs históricos, artes visuais e espaços independentes. Ainda assim, críticos alertam para o custo de vida elevado e a pressão de plataformas de aluguel de curto prazo sobre moradores locais.
Entre os visitantes, há quem aprecie a atmosfera do local e recomende o passeio para quem gosta de uma experiência que mistura pub culture com exposições e programação cultural. Outros enfatizam a importância de planejar a visita para evitar multidões.
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