13 de abr 2025
Gaza enfrenta crise humanitária severa com escassez de alimentos e aumento da desnutrição infantil
Gaza enfrenta uma crise humanitária devastadora, com escassez de alimentos e aumento da desnutrição infantil, enquanto bombardeios continuam.
Nasma Abdelhamid prepara pão em um forno de lenha em Jan Yunis, no sul da faixa de Gaza, em 10 de abril de 2025. Devido à falta de farinha, as panaderias fecharam e, como não há combustível nem gás, é necessário recorrer a esse tipo de forno tradicional, diante do qual as famílias fazem fila para poder usá-lo. (Foto: Mohamed Solaimane)
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A situação em Gaza se agrava, com a ONU classificando a região como um "campo de extermínio". Desde o início dos novos bombardeios israelenses, em 18 de março, mais de 1.500 palestinos morreram, e a escassez de alimentos se intensificou. Mohammed Karkira, pai de quatro filhos, relata que sua família se alimenta apenas de macarrão, a única opção disponível. Com a falta de ajuda humanitária, a farinha se tornou um produto de luxo, custando mais de R$ 100,00 por 25 quilos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que 60.000 crianças em Gaza precisam de tratamento por desnutrição aguda. Karkira observa que seus filhos já apresentam sinais de fraqueza. A UNICEF destacou que a falta de ajuda desde o dia 2 de março pode resultar em um aumento de doenças e mortes infantis evitáveis. As panaderias, que antes funcionavam com apoio do Programa Mundial de Alimentos (PMA), estão fechadas devido à escassez de farinha e gás.
A situação se torna ainda mais crítica com a destruição das terras agrícolas e a falta de acesso a áreas produtivas. Menos de 20% das terras de Gaza estão sendo utilizadas, e a Associação Palestina de Desenvolvimento Agrícola (PARC) reduziu suas atividades em 70%. O chefe da associação, Ali Wafi, afirma que a necessidade de reiniciar a vida e reconstruir os sistemas alimentares é urgente, enquanto as famílias dependem cada vez mais de alimentos enlatados.
A comunidade internacional enfrenta críticas por sua inação diante da crise humanitária. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu uma nova tregua e a liberação de reféns. A escassez de alimentos e a falta de assistência humanitária estão levando a população de Gaza a uma situação de desespero, com muitos se perguntando como sobreviverão se a ajuda não chegar.
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