Ucranianos resistem à ocupação russa, mantendo a esperança de libertação e preservando a cultura

A resistência ucraniana sob ocupação russa continua forte, mesmo após três anos da invasão em fevereiro de 2022. Uma integrante do grupo Zla Mavka, que atua em atividades não violentas, afirmou que muitos ainda acreditam na libertação de suas terras. A vida sob controle russo é marcada por detenções arbitrárias e a imposição de passaportes russos, levando os civis a viver com medo constante.

Cerca de seis milhões de pessoas vivem em áreas ocupadas, enfrentando uma grave situação de direitos humanos. Stepan, um jovem que escapou da ocupação, relatou ter sido detido e torturado por tropas russas. Ele e sua família foram alvo de abusos sem qualquer explicação. A pressão para aceitar a cidadania russa é intensa, com muitos sendo forçados a se alistar no exército.

A cultura ucraniana está sendo sistematicamente eliminada, com a imposição de símbolos e tradições russas. A integrante do Zla Mavka destacou que o grupo se dedica a preservar a identidade ucraniana, promovendo a literatura e as festividades locais. A resistência cultural é uma forma de afirmar que a região nunca foi parte da Rússia.

Apesar das dificuldades, muitos ucranianos optam por permanecer em suas casas, acreditando que a ajuda de aliados ocidentais levará à libertação. A diretora da SOS Donbas, Violeta Artemchuk, informou que a organização recebeu mais de 57.500 chamadas em busca de orientação sobre como deixar as áreas ocupadas. A travessia para regiões controladas pelo governo é considerada extremamente perigosa e complexa.