Desde que o Talibã voltou ao poder em 2021, as mulheres e meninas no Afeganistão enfrentam muitas dificuldades, como a proibição de estudar e a exclusão de várias profissões. Como resultado, muitas delas começaram a trabalhar na confecção de tapetes, que é uma das poucas atividades permitidas. Em um ateliê em Cabul, centenas de mulheres trabalham em condições difíceis, com longas jornadas e salários baixos. Em 2024, a indústria de tapetes exportou 2,4 milhões de quilos, gerando cerca de 8,7 milhões de dólares, mas os salários das tecelãs continuam baixos, com ganhos de apenas 27 dólares por metro quadrado, que leva meses para ser produzido. Algumas mulheres, como Shakila, que sonhava em ser advogada, agora lideram a produção de tapetes da família. Sua irmã, traumatizada por um ataque em 2021, deseja voltar a estudar. Apesar das dificuldades, algumas, como Salehe, continuam a buscar educação informal e sonham em ter um futuro melhor.
Em meio a severas restrições impostas pelo Talibã desde 2021, mulheres e meninas afegãs têm se voltado para a confecção de tapetes como única opção de trabalho. Em um ateliê em Cabul, centenas de mulheres enfrentam condições difíceis, com longas jornadas de trabalho e baixos salários. A proibição da educação para meninas acima de 12 anos e a exclusão de muitas profissões têm forçado essa mudança.
A indústria de tapetes, que representa uma das poucas atividades permitidas para mulheres, exportou 2,4 milhões de quilos em 2024, gerando receitas de aproximadamente R$ 8,7 milhões. Apesar do crescimento nas exportações, os salários permanecem baixos. As tecelãs relatam ganhos de apenas R$ 27 por metro quadrado, levando meses para produzir cada peça. O proprietário da Elmak Baft, Nisar Ahmad Hassieni, afirma que paga entre R$ 39 e R$ 42 por metro, mas muitos trabalhadores não veem os lucros das vendas.
As histórias de vida dessas mulheres revelam sonhos frustrados. Shakila, que sonhava em ser advogada, agora lidera a produção de tapetes da família. Sua irmã, que estava na escola durante um ataque em 2021, vive com traumas e deseja retornar aos estudos. A insegurança e a falta de oportunidades têm levado muitas a aceitar essa realidade.
Apesar das dificuldades, algumas mulheres, como Salehe, continuam a buscar educação informal. Ela estuda inglês há três anos e sonha em se tornar médica. “Mesmo com as escolas fechadas, nos recusamos a parar nossa educação,” afirma Salehe, refletindo a determinação de muitas em um cenário desolador.