06 de ago 2025
Destruição na linha de frente da Ucrânia revela falhas nas sanções contra a Rússia
Evidências de crimes de guerra são coletadas em Kharkiv, enquanto Trump pressiona por novas sanções contra a Rússia até o cessar fogo

Dymtro Chubenko coleta e documenta evidências de ataques russos (Foto: Lee Durant/BBC)
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Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, sanções ocidentais têm sido implementadas, mas com impacto limitado no conflito. Dmytro Chubenko, do escritório do promotor de Kharkiv, destaca a coleta de evidências de crimes de guerra, enquanto a pressão do presidente Donald Trump sobre Vladimir Putin aumenta, com novas sanções em vista.
Em um local secreto próximo a Kharkiv, restos de mísseis e drones russos são cuidadosamente analisados. Chubenko afirma que esses materiais servirão como provas para responsabilizar a Rússia por crimes de guerra. Ele menciona que os drones kamikaze, como o modelo iraniano Shaheed, têm sido usados em grande escala, custando cerca de 20 mil dólares cada. "É possível que a Rússia contorne as sanções, mas não podemos ficar parados," diz Chubenko.
Trump, por sua vez, ameaçou aumentar as sanções contra o Kremlin, caso não haja um cessar-fogo até esta sexta-feira. Ele já impôs tarifas adicionais sobre a Índia por comprar petróleo russo. O enviado dos EUA, Steve Witkoff, se reuniu com Putin em Moscou para discutir a situação. Chubenko acredita que restringir as exportações de petróleo e gás da Rússia poderia ter um impacto econômico significativo.
Impacto em Kharkiv
Kharkiv, a apenas 30 quilômetros da fronteira russa, sofreu intensos ataques. Cerca de 3 mil civis foram mortos na região, incluindo 97 crianças. O coronel da polícia Serhii Bolvinov investiga cada morte civil, com uma equipe de mil pessoas trabalhando em casos de crimes de guerra. Ele mostra imagens de ataques que resultaram em mortes de civis, enfatizando que "a Rússia tenta atingir o maior número possível de civis."
A dor da guerra é palpável em Kharkiv, onde um cemitério crescente marca a perda de soldados ucranianos. Em uma visita, uma mãe coloca flores no túmulo de sua filha, Sofia, que foi morta aos 14 anos por um ataque aéreo. "Essas conversas já duram muito tempo, mas até agora não há resultados," lamenta a mãe, expressando a frustração com a falta de progresso nas negociações de paz.
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