08 de ago 2025
Putin busca apoio da China e da Índia antes de reunião com Donald Trump
Putin busca apoio no Brics enquanto Trump pressiona Índia com tarifas. Trégua na Guerra da Ucrânia se torna prioridade em negociações internacionais

Xi, Putin e Modi na cúpula do Brics realizada em Kazan, na Rússia, em 2024 (Foto: Maxim Chipenkov - 23.out.2024/Pool/Reuters)
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, buscou apoio no Brics nesta sexta-feira (8), enquanto o prazo dado por Donald Trump para uma trégua na Guerra da Ucrânia se aproxima do fim. Durante conversas com Xi Jinping, da China, e Narendra Modi, da Índia, Putin discutiu a possibilidade de um cessar-fogo, em meio a ameaças de novas sanções por parte dos EUA.
Desde o início do conflito, a China e a Índia se destacaram como os principais compradores de petróleo russo, com a China adquirindo 47% do total e a Índia 38% entre dezembro de 2022 e junho de 2023. Essas relações comerciais têm sido cruciais para a economia russa, que enfrenta sanções internacionais.
As conversas entre Putin e o negociador de Trump, Steve Witkoff, levantaram especulações sobre uma possível trégua na guerra aérea, que se intensificou neste ano. A agência Bloomberg informou que Putin poderia ter proposto um congelamento parcial das linhas de batalha nas regiões de Kherson e Zaporíjia, onde a Rússia controla cerca de 75% do território.
Reações e Consequências
Trump, por sua vez, intensificou a pressão sobre a Índia, aumentando as tarifas de importação em 25% devido à compra de petróleo russo. A situação é mais complexa com a China, onde a interdependência econômica complica as negociações tarifárias. O Brasil, membro do Brics, enfrenta tarifas elevadas e mantém relações comerciais com a Rússia, tendo adquirido 12% do óleo diesel vendido por Moscou desde 2022.
O governo brasileiro condenou a invasão da Ucrânia, mas também criticou as sanções, buscando equilibrar suas relações comerciais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a participar de eventos com líderes autoritários, como Xi, em celebrações da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial.
Putin também se reuniu com Aleksandr Lukachenko, presidente de Belarus, que é um aliado estratégico, permitindo o uso do território bielorrusso para operações militares contra a Ucrânia. A situação permanece tensa, com novos desdobramentos aguardados nas próximas semanas.
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