12 de ago 2025
Arqueólogo revela 26 rotas vikings em embarcações medievais esquecidas há mil anos
Arqueólogo revela que a navegação viking era mais complexa, com refúgios estratégicos e rotas comerciais inesperadas.

O arqueólogo Greer Jarrett e sua equipe navegam em um fembøring, barco aberto no estilo viking, na costa oeste da Escandinávia, para estudar rotas nórdicas de mil anos atrás (Foto: Greer Kimsa Jarrett / The New York Times)
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Navegação Viking: Novas Descobertas Desafiam a Imagem Tradicional
O arqueólogo Greer Jarrett realizou 26 expedições em barcos vikings modernos entre 2021 e 2023, revelando rotas comerciais esquecidas e refúgios costeiros. Seu trabalho desafia a visão tradicional dos vikings apenas como guerreiros e saqueadores.
Jarrett, doutorando na Universidade de Lund, na Suécia, navegou em embarcações construídas com técnicas de mais de mil anos. Ele utilizou principalmente fyringer, barcos de 9 metros, que eram mais comuns na navegação diária do que os dracares, conhecidos por sua ornamentação. O foco na pesquisa foi entender as rotas e os desafios enfrentados pelos vikings.
Durante as expedições, Jarrett e sua equipe enfrentaram condições adversas, como ondas de 4 metros e rajadas de vento violentas, conhecidas como fallvinder. Essas experiências práticas foram fundamentais para entender a realidade da navegação nórdica, que muitas vezes é negligenciada em estudos acadêmicos.
Descobertas Inéditas
As conclusões de Jarrett, publicadas no Journal of Archaeological Method and Theory, revelam que os vikings não se limitavam à navegação costeira. Ele identificou quatro refúgios costeiros inéditos, que funcionavam como paradas estratégicas para os navegadores. Esses locais, situados em ilhas e penínsulas, ofereciam proteção contra tempestades e eram pontos de troca de informações.
A pesquisa também considerou o impacto do recuo isostático, que alterou a paisagem costeira ao longo dos séculos. Jarrett observou que muitos refúgios que hoje estão visíveis estavam submersos na Era Viking, devido ao nível do mar mais alto na época.
Jarrett defende que a navegação viking era mais complexa do que se pensava, com os comerciantes se aventurando em mar aberto e utilizando uma rede de refúgios menores. Ele destaca que a experiência prática é essencial para compreender a história marítima, unindo teoria e vivência.
O Legado Marítimo
Nascido na Escócia e criado na Espanha, Jarrett tem uma longa tradição familiar de marinheiros. Seu interesse pela Era Viking começou na graduação em arqueologia. Ele acredita que a coesão da tripulação e a resistência a ambientes hostis foram cruciais para o sucesso das viagens vikings.
As expedições de Jarrett não apenas ampliaram o conhecimento sobre a navegação viking, mas também abriram novas possibilidades para investigações arqueológicas. Ele propõe que futuras escavações busquem vestígios de atividades comerciais, como trapiches e abrigos temporários, que podem oferecer mais insights sobre a vida dos navegadores nórdicos.
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