Casa Branca reduz expectativas para cúpula entre Trump e Putin

U.S. President Donald Trump se reunirá com o líder russo Vladimir Putin no dia 15 de setembro, em uma cúpula no Alasca, com o objetivo declarado de ouvir as demandas do Kremlin sobre a guerra na Ucrânia. A Casa Branca descreveu o encontro como um "exercício de escuta", minimizando as expectativas de um acordo para encerrar o conflito.

A situação no leste da Ucrânia se agrava, com as forças russas avançando em áreas estratégicas, como Dobropillia, enquanto 70% do território da região de Donetsk está sob controle russo. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, expressou preocupação com a possibilidade de que Trump possa pressionar por concessões territoriais durante as negociações.

Líderes europeus, incluindo o primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, se reuniram virtualmente com Zelenski e Trump para discutir a cúpula. Zelenski alertou sobre as táticas de pressão de Putin, que busca mostrar força militar antes do encontro. A possibilidade de "troca de terras" mencionada por Trump gerou receios em Kiev e entre aliados europeus, que insistem na integridade territorial da Ucrânia.

A cúpula é vista com cautela, pois Zelenski reiterou que não aceitará a entrega de território. A União Europeia também enfatizou a necessidade de incluir a Ucrânia nas conversas de paz. O porta-voz diplomático russo, Alexei Fadeev, desdenhou das discussões entre Trump e os líderes europeus, afirmando que os objetivos de Putin permanecem inalterados.

Analistas apontam que a reunião pode não resultar em avanços significativos. Benjamin Godwin, da PRISM Strategic Intelligence, destacou que a base para o encontro é problemática e que a melhor saída para a Ucrânia seria um excesso de demandas por parte de Putin, o que poderia gerar frustração na Casa Branca.