China e EUA se confrontam sobre presença de navio americano no Mar do Sul da China

PEQUIM (Reuters) – Militares chineses monitoraram e afastaram o navio de guerra dos EUA, USS Higgins, que operava nas proximidades do Scarborough Shoal, uma área disputada no Mar do Sul da China. A Marinha dos EUA afirmou que suas ações estavam em conformidade com o direito internacional, desafiando as alegações de Pequim.

A operação do USS Higgins, a primeira conhecida dos EUA na região em seis anos, ocorreu após as Filipinas denunciarem manobras perigosas de embarcações chinesas durante uma missão de abastecimento. O Comando de Teatro do Sul do Exército chinês declarou que o navio americano entrou nas águas sem autorização, afirmando que isso violou a soberania da China e prejudicou a paz na área.

Em resposta, a Sétima Frota da Marinha dos EUA classificou a declaração chinesa como falsa, ressaltando que o navio atuou dentro dos direitos de navegação garantidos pelo direito internacional. A frota reafirmou seu compromisso em defender a liberdade de navegação, afirmando que nada deterá suas operações na região.

Tensão na Região

As tensões no Mar do Sul da China aumentaram com as recentes ações de embarcações chinesas, que resultaram em uma colisão entre duas delas, conforme relatado pelas Filipinas. A guarda costeira filipina afirmou que as embarcações chinesas tentaram bloquear sua aproximação ao Scarborough Shoal, enquanto a guarda costeira da China alegou ter tomado "medidas necessárias" para expulsar os filipinos das águas.

A disputa territorial na região é complexa, com a China reivindicando quase todo o Mar do Sul da China, sobrepondo-se a zonas econômicas exclusivas de vários países, incluindo as Filipinas. Em 2016, um tribunal arbitral internacional decidiu que as reivindicações da China não tinham base no direito internacional, mas Pequim não reconhece essa decisão.