- A guerra na Ucrânia envolve drones perto da linha de frente; instrutores estimam que algumas dezenas de mulheres já atuam ou estão em treinamento.
- O material traz três relatos de mulheres — Dasha, Elisabeth e Ilona — sobre motivações, trajetórias e o peso psicológico.
- O recrutamento de mulheres no campo cresce, com centenas na lista de espera, e as operações ficam a poucos quilômetros das posições russas, sob ataques frequentes.
- Dasha, 37 anos, comanda uma unidade mista a poucos quilômetros do front leste; afirma que entrou no drone por necessidade devido à escassez de pessoas, e quer que os filhos fiquem seguros na Ucrânia.
- Elisabeth, 30 anos, piloto de FPV, destaca o peso psicológico da função; Ilona, 24 anos, trainee perto de Kyiv, ressalta a alta demanda e a entrada de muitos na fila para treinamento.
Há uma escalada na utilização de drones na linha de frente da Ucrânia. O foco principal são relatos de mulheres que atuam na operação de aeronaves não tripuladas, explorando motivações e trajetórias em um cenário de alto risco próximo às posições russas.
Segundo fontes militares, não há números oficiais sobre o total de mulheres que trabalham com drones, mas instrutores e comandantes estimam que várias dezenas já estejam ativas ou em treinamento avançado, com centenas em listas de espera. A atividade ocorre a poucos quilômetros da linha de frente, sujeita a ataques de artilharia, drones e bombas guiadas.
Dasha, 37 anos, comanda uma unidade de drones na frente leste. Ela mudou de função após o início da invasão, passando de voluntária a líder de equipe quando muitos colegas foram mobilizados. Sua motivação é genérica: deseja que os filhos retornem a uma Ucrânia segura. O peso histórico de sua família a acompanha, incluindo um pai de 89 anos que sobreviveu à Segunda Guerra Mundial.
Elisabeth, 30, pilota drones em primeira pessoa (FPV). O treinamento coincidentemente ocorreu durante altos índices de perdas na sua região. A dinâmica de equipe mudou e o foco passou a depender da capacidade de voar, não de gênero. O desafio principal é o peso psicológico das longas jornadas e do risco constante de detecção.
Ilona, 24, é trainee em uma escola de drones perto de Kiev. Sem experiência militar, ela ingressou após observar ataques russos se intensificarem. A escola opera com localização variável para evitar ataques. A demanda por treinamento é alta, com centenas em listas de espera mensalmente, incluindo jovens que já perderam colegas de idade.
O cenário aponta para recrutamento crescente, com várias dezenas operando e centenas aguardando formação. Mobilização é descrita como necessária para preencher lacunas na defesa, diante da proximidade com o frontline russo.