- Jakarta ultrapassa Tokio com 42 milhões de habitantes, fazendo de Tokio a terceira posição, atrás de Dacca, com 37 milhões, e de 33 milhões em Tokio.
- A ONU adotou nova metodologia que separa áreas em cidades, povoados e zonas rurais, alterando comparações internacionais.
- Até 2050, devem surgir 37 megacidades, com crescimento concentrado em Índia, Nigéria, Paquistão, RD Congo, Egito, Bangladesh e Etiópia; Dacca tende a liderar em população.
- Em 2025, cerca de 45% da população mundial vive em cidades, 36% em povoados e 19% em zonas rurais.
- O relatório destaca a importância dos povoados como conectores entre urbes e áreas rurais; prevê queda populacional em mais de 3.000 cidades, com China particularmente impactada.
Jakarta ultrapassou Tokio como cidade mais populosa do mundo, com 42 milhões de habitantes, segundo o relatório Perspectivas de Urbanização Mundial 2025 da ONU. Tokió fica em terceiro lugar, com 33 milhões, atrás de Dacca, em Bangladesh, com 37 milhões. A mudança decorre de uma nova metodologia da ONU que classifica áreas em cidades, vilas e zonas rurais.
A atualização também redefine como comparamos grandes aglomerações. Ao combinar dados de urbanização, padrões demográficos e definições nacionais, melhora-se a comparabilidade entre territórios com critérios semelhantes. O estudo abrange 237 países e mais de 12 mil assentamentos com 50 mil habitantes ou mais.
Aumento de megacidades e projeções
A ONU estima que o número de megacidades — com mais de 10 milhões de habitantes — suba para 37 em 2050, com Addis Abeba, Dar es Salaam, Hajipur e Kuala Lumpur entre as futuras grandes cidades. Em 2050, Dacca deve ocupar o primeiro posto em população mundial.
Entre as tendências, a organização aponta maior urbanização global: 45% da população mundial vive em cidades em 2025, frente a 20% em 1950. Povoação em vilas e áreas rurais permanece relevante, mas em queda relativa, com mudanças estruturais nos padrões de residência.
Desafios e padrões regionais
Seis países concentram o crescimento urbano até 2050, com destaque para Índia, Nigéria, Paquistão, Congo, Egito, Bangladesh e Etiopía. Juntos, podem acrescentar mais de 500 milhões de residentes urbanos, respondendo por mais da metade do crescimento global esperado.
O estudo ressalta ainda surgimento de cidades de pequeno e médio porte como foco de desenvolvimento sustentável, conectando áreas urbanas e rurais. Desafios incluem envelhecimento populacional e migração interna, com maior demanda por serviços básicos nas zonas menos urbanizadas.