- O Papa expressou oposição a Donald Trump e rejeitou qualquer operação violenta dos EUA na Venezuela, defendendo diálogo e, se for o caso, pressão econômica como alternativa.
- A posição foi dita a bordo do voo de Líbano a Roma, em resposta ao ultimato dos EUA ao presidente venezuelano Nicolás Maduro e à ameaça de invasão terrestre.
- O Vaticano informou que trabalha com a conferência episcopal e o nuncio para acalmar a região, buscando o bem do povo venezuelano.
- O Pontífice confirmou viagem internacional à Argélia, com etapas em outros países africanos, e comentou a possibilidade de viagem à América Latina em 2026 ou 2027.
- Em relação à Ucrânia, destacou o papel da Europa e de Itália como mediadores, defendendo diálogo e atuação discreta para estimular a paz.
O Papa manifestou, nesta terça-feira, oposição à ideia de uma operação militar dos EUA na Venezuela, inclusive a invasão terrestre, durante voo de retorno do Líbano a Roma. Em tom firme, destacou a prioridade do diálogo e sugeriu, como alternativa, pressão econômica desde que haja caminho claro para mudança.
Diplomacia e Venezuela
Robert Prevost, presidente da Conferência Episcopal dos EUA, informou aos jornalistas que o Vaticano busca acalmar a crise, priorizando o bem do povo venezuelano. As falas também apontam que autoridades americanas variam em mensagens sobre o desfecho do embate com Nicolás Maduro, mantendo o foco na prevenção de violência.
O Vaticano sinalizou atuação discreta nos bastidores, com encontros entre o nuncio e dirigentes regionais. Prevost ressaltou que a igreja trabalha para convencer as partes a abandonar as armas e sentar-se à mesa de negociação, sem detalhar conteúdos das conversas.
Viagens e mediação
O Papa confirmou uma próxima viagem internacional a Argelia, com escalas em países africanos não especificados. Também existe possibilidade de viagem à América Latina em 2026 ou 2027, com destino a Argentina, Uruguai e Peru entre as hipóteses, dependendo de agenda.
Em relação à Ucrânia, o Pontífice enfatizou o papel da Europa como mediadora e indicou que a Itália pode atuar como elo de diálogo entre as partes. A Santa Sé pretende incentivar a cooperação para uma solução pacífica, mantendo o foco na convivência entre diferentes confissões.