- O Comitê de Supervisão da Câmara divulgou 10 fotos e 4 vídeos inéditos da ilha Little St. James e da mansão de Jeffrey Epstein, com imagens internas e externas.
- As imagens foram compartilhadas pelos democratas do comitê, enquanto o Departamento de Justiça tem prazo até 19 de dezembro para divulgar os arquivos não classificados.
- O material mostra áreas como o jardim, quartos, uma ducha em depósito e uma sala com máscaras, além de vídeos do exterior, com piscina e mar.
- Os materiais foram obtidos dos herdeiros de Epstein; também incluem registros de J. P. Morgan e Deutsche Bank que devem ser liberados nos próximos dias.
- As vítimas temem que a divulgação não revele plenamente a rede de tráfico de menores associada a Epstein e possíveis relações com pessoas ricas e poderosas.
O Comitê de Supervisão da Câmara dos EUA tornou públicas 10 fotografias e 4 vídeos inéditos da ilha Little St. James, uma das ilhas privadas de Jeffrey Epstein, no Caribe. As imagens mostram interiores e exteriores da mansão e do jardim, além de elementos como uma sala com máscaras e uma sala de operações. O material foi divulgado na sequência da pressão para a divulgação de arquivos não classificados.
A divulgação integra o esforço para ampliar a transparência sobre as múltiplas denúncias envolvendo Epstein, considerado líder de uma rede de tráfico sexual de menores, e de Ghislaine Maxwell, apontada como cúmplice. A campanha envolve ainda o DOJ, que tem prazo até 19 de dezembro para liberar documentos não classificados relacionados ao caso, conforme lei de transparência aprovada no Congresso.
Conteúdo divulgado
Os democratas afirmam que as imagens e vídeos oferecem uma visão direta do universo privado de Epstein, cuja morte ocorreu em 2019 em uma prisão de segurança máxima, durante julgamento por crimes ligados à exploração de menores. Entre os itens recebidos pelo comitê estão também registros de bancos com atuação de Epstein, como JP Morgan e Deutsche Bank, que devem, segundo os parlamentares, ter seus arquivos liberados nos próximos dias.
Segundo o representante Robert García, as imagens chegam aos investigadores em meio à avaliação de um vasto acervo de documentos. O material foi obtido, disseram os democratas, por meio de herdeiros de Epstein e com aval judicial, mantendo o foco na investigação e na busca por justiça para as vítimas.
O DOJ, por sua vez, já comunicou que a liberação dos papéis deve seguir um cronograma sistemático, abrangendo milhões de páginas, que incluem registros de voos, comunicações e contratos. O objetivo é esclarecer até que ponto pessoas influentes sabiam dos crimes e da rede vinculada ao empresário.